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Detido em Araraquara nesta quarta, o hacker Vermelho está de volta ao presídio

Walter Delgatti Neto foi preso durante a Operação 3FA da PF que atingiu também com mandados a deputada Carla Zambelli (PL). Sua casa e gabinete parlamentar foram alvos de busca e apreensão.

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Chegada de Vermelho nesta manhã de quarta-feira ao Centro de Detenção em Araraquara

O hacker Walter Delgatti Neto, mais conhecido como “hacker da Vaza Jato”, que foi preso após conquistar fama em todo o país em 2019, por invadir e hackear o celular de Sérgio Moro, na época ministro do Governo Bolsonaro, está de volta à sede da Polícia Federal.

“Vermelho” como é conhecido, nesta quarta-feira (02), retornou ao convívio da prisão, após ser preso pela Polícia Federal (PF) durante a Operação 3FA. O mandado de prisão indica que ele teria cometido mais dois crimes, a invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, aponta o documento.

A prisão foi confirmada pelo advogado de defesa Ariovaldo Moreira, que também ganhou notoriedade tendo Vermelho como cliente. “Foi preso porque falou a verdade e narrou todos os paços para chegar à invasão do CNJ, mas isso é uma decisão do ministro que estou tentando entender ainda”, comentou o criminalista. Ele destacou ainda que Delgatti vem colaborando com as investigações.

Segundo consta Delgatti foi levado para a Polícia Federal de Araraquara e logo em seguida encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Araraquara.

Delgatti e Zambelli, juntos no ano passado, pouco antes das eleições presidenciais

Uma informação obtida pelo RCIA de que na mesma operação, a Polícia Federal também cumpre mandados de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), no apartamento e no gabinete. A ação da PF foi confirmada logo em seguida pela sua defesa que considerou a operação como sendo uma surpresa.

Na verdade, o trabalho realizado nesta manhã foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que busca encontrar mais informações sobre a inserção de 11 alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões.

Os documentos forjados incluíam um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil.

O mandado de prisão cumprido pela Polícia Federal cita o possível cometimento de dois crimes realizados pelo hacker, sendo que um deles é a invasão de dispositivo informático e o outro de falsidade ideológica. Se condenado Vermelho pode pegar de 3 a 8 anos de reclusão e multa.