O juiz Pablo Zuniga Dourado enviou para a Justiça Eleitoral uma denúncia por corrupção e lavagem contra Delcídio do Amaral e Edinho Silva.
Eles foram acusados por negociarem propina do laboratório EMS para quitar dívidas de R$ 1 milhão da campanha de Delcídio ao governo do Mato Grosso do Sul em 2014.
O juiz considerou que as condutas estão vinculadas a fatos de “indiscutível natureza eleitoral” e aliviou a situação dos petistas, que agora responderão somente por caixa 2.
NAQUELA ÉPOCA
O então ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, naquela época, distribuiu nota classificando como “mentira escandalosa” a afirmação do senador Delcídio Amaral (PT-MS) de que ele “esquentou” doações provenientes da indústria farmacêutica com notas frias e o orientou a fazer o mesmo para saldar R$ 1 milhão de dívida de sua campanha. Edinho Silva foi o tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff na sua reeleição, em 2014.
“A afirmação é uma mentira escandalosa. Jamais mantive esse diálogo com o senador, jamais mantive contato com as mencionadas empresas, antes ou durante a campanha eleitoral. Isso é facilmente comprovado”, declarou Edinho, naquele ano.
Seguindo ele, “as doações para a campanha de Dilma Rousseff em 2014 foram todas declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral, bem como os fornecedores”. Acrescentou ainda que “as contas da campanha foram todas aprovadas por unanimidade pelos ministros do TSE”.