Home Destaques

Mais de 4 mil famílias se encontram em situação de extrema pobreza em Araraquara 

Informações foram disponibilizadas após requerimento do vereador João Clemente (PSDB) 

87
Atualmente são 4.160 as famílias em situação de extrema pobreza, com renda mensal de até R$ 89 identificadas no Cadastro Único

No dia 20 de maio, o vereador João Clemente (PSDB) apresentou à Prefeitura o Requerimento nº 449/2021, pedindo informações, por meio de diversos questionamentos, sobre a Rede de Solidariedade de Araraquara – “Solidariedade contagia mais que o vírus”.

Em resposta, o coordenador executivo Extraordinário das Proteções Sociais Básica e Especial no Enfrentamento à Pandemia da Covid-19, Marcelo Mazeta, informou que, em virtude da pandemia de Covid-19 e suas consequências sociais e econômicas, atualmente são 4.160 as famílias em situação de extrema pobreza, com renda mensal de até R$ 89 identificadas no Cadastro Único. “As mesmas são beneficiárias do Programa Bolsa Família e, quando solicitado, são atendidas pela Rede de Solidariedade e pelos programas sociais ofertados pelo município, desde que correspondam aos critérios após avaliação técnica”, detalha.

Segundo Mazeta, há o atendimento nas unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), na própria Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), pela Proteção Social, ou remoto via 0800-773-1145 e, após avaliação técnica favorável, há a concessão do benefício emergencial. “O corpo técnico adota a visão multidimensional de situações de vulnerabilidade social, a citar: fatores econômicos desfavoráveis, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, problemas graves de saúde, envolvimento em contexto de violência (social, doméstica, física, psicológica etc.), fragilização de vínculos afetivos (relacionais e de pertencimento social), condições de habitabilidade, presença de idosos e/ou deficientes e demais condições. Dessa forma, percebe-se que o conceito de vulnerabilidade ultrapassa a dimensão econômica, abrangendo também fatores de ordem subjetiva, pois, para promover a oferta de benefícios eventuais, é preciso se atentar tanto à vivência de dimensões materiais, quanto à vivência de situação de vulnerabilidade relacional.”

De acordo com o coordenador, geralmente o benefício emergencial de cesta básica é retirado no Cras do próprio território; quando é demandada pela Proteção Social da SMADS que atende os territórios que não têm Cras, assim como também quando o demandante tem alguma dificuldade para retirar a entrega, ela é feita na residência do demandante. “O atendimento é feito de forma equânime em todos os territórios do município”, diz, completando que “o gás de cozinha não é benefício tipificado pela política pública de Assistência Social, porém, quando necessário, é realizada articulação para resolver a necessidade da família demandante”.

Mazeta finaliza esclarecendo que a publicização das informações pertinentes às ações da Rede de Solidariedade é feita semanalmente no boletim do Comitê de Contingência do Coronavírus e no Portal da Transparência.