As manifestações da direita e da esquerda programadas para as 10 horas desta terça-feira, feriado de 7 de Setembro, em Araraquara, ocorrerão na área central da cidade, pouco mais de 1 km de distância uma da outra.
Não existe, por parte dos integrantes, tanto de um lado quanto de outro, a expectativa de de um confronto entre manifestantes de esquerda e de direita. Porém, dada a proximidade dos eventos, é possível que em algum momento grupos ideológicos distintos se cruzem pelas ruas do centro.
DIREITA
Realizado na Praça da Independência, o evento da direita tem por objetivo celebrar os 199 anos de Independência do Brasil. De acordo com Rodrigo Ribeiro, organizador do ato cívico, não haverá passeata ou carreata.
“Na minha opinião, esta data não tem ideologia, tem identidade nacional, assim sendo, todo aquele que se orgulha de ser brasileiro tem que guardar no peito esse dia e relembrar, para que erros cometidos no passado não se repitam nos nossos dias”, analisa Ribeiro.
Ele acrescenta ainda que a manifestação demonstrará apoio ao presidente Jair Bolsonaro, no entanto, sem reivindicar pautas que atentem contra a democracia, como pedido de intervenção militar, fechamento do Congresso, Art. 142, AI-5. “O que será pedido é respeito ao artigo 5º da Constituição”, conclui.
ESQUERDA
Já o “Ato Fora Bolsonaro”, que reunirá partidos como PSOL, PSTU e PCO e entidades como Apeoesp, CUT, comitês de luta da União da Juventude Comunista e UP, terá como ponto de partida a Praça de Santa Cruz.
Segundo Osvaldo Martins dos Santos, presidente do diretório municipal do PSTU e integrante do CSP-Conlutas, os temas são diversificados dado a conjuntura política atual. “Vai desde a defesa dos povos excluídos, a luta contra as reformas administrativas, defesa do SUS, da educação e grito de fora Bolsonaro e Mourão na defesa da democracia”, pontua.
Ele acrescenta que ainda não está definido se haverá passeata pelas ruas ou se o ato ficará restrito à praça. “Vamos definir isso amanhã no local”, completa. Sobre a proximidade com a outra manifestação, ele ressalta que o movimento “não tem o objetivo de gerar confusão”, apenas de defender as bandeiras comuns da esquerda no Brasil.
