Quem diria que sentados ao redor da mesma mesa estariam num certo dia o MDB e o PSDB, dois oponentes que passaram longo período da história política da cidade se digladiando nas urnas. Considerados rivais agora se juntam ao PSL, Cidadania e Avante para apoiarem o professor Coca Ferraz para prefeito.
Articuladores deste movimento que as agremiações denominam como “uma luta por Araraquara”, Marcos Custódio (presidente do PSL) e Marcelo Barbieri (liderança do MDB) comemoram o feito, garantindo que grande passo foi dado para a vitória de Coca Ferraz. Entre os participantes do encontro que começou às 15h em uma das salas do Edifício Vitória estavam lideranças que já participaram de pleitos memoráveis: Roberto Massafera (prefeito e deputado), Edna Martins (vereadora) e Aluísio Boi (vereador), além do próprio Barbieri que foi deputado federal e prefeito municipal.
A oficialização do acordo teve a participação de pelo menos seis vereadores: Jéferson Yashuda, José Carlos Porsani e Rafael de Angeli (PSDB), Tenente Santana e Elias Chediek (MDB). Do PSL participou Lucas Grecco. Não puderam comparecer Gerson da Farmácia (MDB) em serviço, além de Edson Hel e José Luiz (Cidadania), que por sugestão do próprio partido participarão de reunião coletiva de todos os candidatos a vereador pelo Cidadania.
Dentro da pauta preparada pelo comando de campanha que começa a ser montado já nesta semana houve também a oficialização do nome do ex-vereador Jair Martineli, do MDB, como candidato a vice-prefeito. A indicação saiu do próprio MDB que considera Martineli um nome de consenso e de grande aceitação. Sua intervenção na vida pública se deu na área esportiva, além de profunda ligação com autoescolas e despachantes. Outro aspecto com peso na decisão é sua proximidade com movimentos religiosos, um deles a Paróquia da Sagrada Família, no Jardim Imperador.
Na linha de discursos rápidos com cada um defendendo o espírito de união da campanha falaram lideranças como Roberto Massafera, Marcelo Barbieri e Edna Martins; João Braguini (presidente do Cidadania), Fábio Pereira (Avante), Aluisio Boi (presidente do MDB), Jorge Bedran (presidente do PSDB) e Marcos Custódio (presidente do PSL). Acompanhou a reunião Ricardo Bagnato, tesoureiro do PSL Estadual, representando o presidente do partido Júnior Bozella, que usando a palavra enalteceu o trabalho do grupo que se dispõe a enfrentar o PT.
Martineli, como candidato a vice-prefeito – homologação que se dará na convenção prevista para os próximos dias lembrou na sua mensagem a satisfação em participar de nova eleição que para ele segue um cenário bem diferente das anteriores. Será difícil, mas não impossível; é preciso muita disposição, confiabilidade, companheirismo, pois a população confia muito nas propostas que vamos apresentar.
Nesta mesma linha de raciocínio Coca Ferraz fez uma abordagem dos problemas que têm levado Araraquara ao retrocesso: “Estamos perdendo terreno para outros municípios por conta da falta de uma política administrativa e eminentemente técnica; nossas propostas estão lastreadas por estudos, análises, aplicação de métodos coerentes que possam atender as necessidades do município.” No fechamento da sua fala, Coca Ferraz argumentou: “Para isso temos em nosso grupo, prefeitos que deram a cidade um grande desenvolvimento econômico”, citando os nomes de Roberto Massafera e Marcelo Barbieri.
O FUTURO
O presidente do PSL em Araraquara, Marcos Custódio enalteceu o papel de cada partido nesta campanha. Segundo ele, é uma demonstração de confiança no candidato e no seu vice, além da crença da população neste momento que clama por mudanças, visando o resgate da credibilidade política e da representatividade de Araraquara tão distante dos governos federal e estadual.
O fechamento deste acordo nos permite, disse ele, que possamos definir internamente nossas estratégias oferecendo uma campanha de propostas, soluções, aproveitamento a experiência de Coca Ferraz, com atuação técnica plenamente reconhecida dentro da gestão pública. Para Custódio, Araraquara “não pode e nem deve ser uma cidade amadora, sendo passada para trás pela falta de técnicos na estruturação dos programas básicos de desenvolvimento”, finalizou.