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Trem Intercidades deverá ter impactos socioambientais positivos

Projeto vem recebendo apoio do governador Tarcísio de Freitas

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Conclusão das obras está prevista para 2030

Foram realizadas nos últimos dias as três audiências públicas previstas para a avaliação do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) relativos ao grande projeto do Trem Intercidades (TIC), que em um primeiro momento ligará São Paulo a Campinas. Esse projeto vem recebendo um apoio decisivo do governador Tarcísio de Freitas, que vislumbrou a sua fundamental importância como novo fator de desenvolvimento econômico, social e ambiental para três das regiões mais importantes do estado, as de São Paulo, Campinas e Jundiaí.

As audiências públicas são um momento muito importante de qualquer grande projeto, pois permitem a participação popular e sinalizam como será a implementação do empreendimento. No caso, ficou evidente, conforme a análise dos técnicos, que os impactos positivos do Trem Intercidades vão superar os eventuais efeitos negativos, típicos de um empreendimento desse porte, que envolve investimentos de cerca de R$ 15 bilhões, divididos entre o governo paulista e a empresa que vencer a concessão do TIC.

A conclusão das obras está prevista para 2030. Quando estiver finalizado, o TIC será o trem de transporte de passageiros mais rápido do Brasil, permitindo a viagem de Campinas a São Paulo em cerca de 60 minutos. A velocidade estimada será de 95 km por hora, mais rápida do que a de trechos ferroviários conhecidos na Europa, como Lisboa-Porto, em Portugal, e Londres-Birmingham, na Inglaterra. O Trem Intercidades representará, portanto, um novo patamar em termos da ligação entre algumas das mais importantes áreas metropolitanas do país. Será um novo conceito de tempo ligando a capital e as cidades de Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas.

Muitos novos negócios tendem a ser gerados em função desse projeto, com grande geração de emprego e renda. Apenas na fase de construção, está prevista a geração de 20 mil empregos diretos, sendo 70% da mão-de-obra originária dos municípios onde o empreendimento será instalado. A melhoria do movimento diário de trabalhadores entre as cidades no percurso do TIC será muito grande.

Entre outros impactos positivos previstos estão a diminuição do risco de alagamentos (pelo alargamento das passagens de córregos sobre a ferrovia), a redução de riscos de acidentes, o aumento das receitas fiscais durante a construção e operação do TIC e a valorização imobiliária na área de influência da ferrovia. Outro impacto positivo muito importante será a redução da emissão de gases de efeito-estufa, em função da substituição de uso de transporte rodoviário no trajeto São Paulo-Campinas e dos trens serem elétricos. Ou seja, o empreendimento será uma importante contribuição ao necessário esforço coletivo de enfrentamento das mudanças climáticas.

Claro, pela dimensão das obras, o projeto demandará a necessidade de atenção a alguns aspectos, como na proteção da flora e fauna ao longo do percurso e também em termos do patrimônio arquitetônico e histórico. O projeto prevê, porém, vários programas específicos para cuidar de cada uma das áreas de impacto da construção e operação do TIC.

Acompanhar e incentivar projetos como esse, que vão elevar a qualidade de vida da população paulista, é igualmente o propósito da Frente Parlamentar das Ferrovias, que tenho a honra e a responsabilidade de coordenar na Assembleia Legislativa. Sempre fui um defensor do modal ferroviário e o TIC conta com o meu total apoio, pelo que ele vai representar ao desenvolvimento sustentável do grande Estado de São Paulo.