O Brasil registrou, nas primeiras três semanas deste ano, mais de 120 mil casos de dengue, o que representa quase o triplo de registro em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados quase 45 mil casos. O país já tem também 12 mortes suspeitas pela doença neste início de ano. Quatro delas somente no estado de São Paulo.
O país também lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões de casos em 2023. Segundo a OMS, a Organização Mundial da Saúde, esse número corresponde a mais da metade dos 5 milhões registrados no planeta.
A explosão de casos, de acordo com a entidade, pode ser explicada pela crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o aedes aegypti, sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria.
Por isso, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas.
A boa notícia é que o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde, na semana passada, a vacina Qdenga, imunizante contra a dengue fabricado no Japão. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. No entanto, ainda não é possível uma vacinação em massa contra a doença, como aconteceu, por exemplo, no caso da covid.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Lembrando que o mosquito da dengue costuma picar durante o dia.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br