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Dia das Mães: como evitar sobrecarga emocional e exaustão?

Psicóloga do Sistema Hapvida diz que os principais fatores estão ligados aos afazeres domésticos, cuidados com outras pessoas e cobranças

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Ivana Teles, psicóloga do Sistema Hapvida, do qual o Grupo São Francisco faz parte

Às vésperas do Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, dia 9 de maio, a saúde e o equilíbrio emocional das mulheres que são mães ganham destaque, pois requerem alguns cuidados para evitar situações que geram sobrecarga emocional e exaustão, desencadeando quadros de doenças físicas e psicológicas.

De acordo com Ivana Teles, psicóloga do Sistema Hapvida – do qual o Grupo São Francisco faz parte -, os principais fatores estão relacionados às situações do cotidiano e a forma como essas atividades são exercidas e vistas pelos padrões sociais.

“As mães são mulheres que acabam se sobrecarregando de atividades, de responsabilidades e chegam à exaustão. Seja por se cobrarem para serem supermães ou tentarem atender às expectativas da sociedade”, afirma Ivana.

Uma pesquisa do IBGE, realizada em 2017, aponta que as mulheres brasileiras dedicam em média 20,9 horas por semana a afazeres domésticos e cuidados de pessoas. O tempo é o dobro do verificado entre os homens, que gastam em média 10,8 horas por semana.

Um outro levantamento realizado pelo Instituto Ipsos com a ONU Mulheres revela que, após a pandemia, aumentou a sobrecarga em razão da divisão de tarefas não remuneradas. O estudo descreve que 43% das mulheres entrevistadas tiveram que assumir mais responsabilidades pelas tarefas domésticas e cuidados com crianças e familiares durante a pandemia.

“Mãe não é máquina, não é perfeita. Ela também precisa receber cuidado, apoio e suporte. Além de cuidar de si e lembrar de seus próprios limites é preciso construir uma responsabilidade de forma real e pedir ajuda para família”, comenta a psicóloga do Hapvida.

Ivana recomenda ainda que uma das alternativas é desenvolver uma rede de apoio no ambiente doméstico visando a redução da sobrecarga. “É importante receber apoio e suporte, formar uma rede onde as pessoas possam se revezar para ouvir, acolher e ajudar nas atividades do dia a dia”, finaliza.