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Vacinação é essencial para evitar retorno de doenças controladas há decadas

A médica infectologista Sílvia Fonseca, diretora regional de infectologia do Sistema Hapvida, que administra o Grupo São Francisco, alerta que o baixo índice de cobertura facilita a transmissão de enfermidades controladas há décadas

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A campanha de vacinação, que é totalmente gratuita, está ocorrendo em todos postos e unidades de saúde. No total são oferecidos 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo prorrogou as campanhas de vacinação contra Poliomielite e Multivacinação até o dia 30 de novembro, buscando aumentar a cobertura vacinal e a atualização das cadernetas de crianças e adolescentes.

Sílvia Fonseca, diretora regional de infectologia do Sistema Hapvida, que administra o Grupo São Francisco

De acordo com a médica infectologista Sílvia Fonseca, diretora regional de infectologia do Sistema Hapvida, que administra o Grupo São Francisco, as vacinas são essenciais para a prevenção e combate de diversos vírus e bactérias, evitando o reaparecimento de doenças controladas há décadas.

“Há algumas décadas, todos conheciam alguém que teve poliomielite, ouvíamos dizer que alguém morreu de meningite, de sarampo, que teve catapora. As doenças sumiram em razão do sucesso das vacinas. Assim, as pessoas estão deixando de vacinar por não conhecerem essas doenças. Se a gente parar de vacinar, elas vão voltar”, afirma Silvia.

Até a primeira quinzena do mês, a vacinação contra a Poliomielite (paralisia infantil) havia atingido apenas 52,4% da cobertura, com a aplicação de 1,1 milhão de vacinas. A meta é alcançar 2,1 milhões de crianças. Na faixa etária de 5 a 14 anos, a adesão é ainda mais baixa com uma cobertura de 47,6%. Entre as crianças com menos de um ano, a taxa de vacinação é de 70,3%.

Segundo a diretora regional de infectologia do Sistema Hapvida, os vírus e bactérias continuam existindo, mas devido aos processos de imunização não estão desenvolvendo as doenças.

“Os vírus e bactérias continuam existindo, só não estão conseguindo caminhar até as pessoas. O que vemos com a Covid-19 é o aparecimento de um vírus, que passa facilmente entre as pessoas justamente porque não temos vacina. A Poliomielite também transmite facilmente, mas temos a vacina. E se a gente não vacinar, a doença vai voltar e teremos novamente um quadro de ressurgimento da paralisia infantil”, alerta Silvia.

A campanha de vacinação, que é totalmente gratuita, está ocorrendo em todos postos e unidades de saúde. No total são oferecidos 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças: BCG (tuberculose); rotavírus (diarreia); poliomielite (paralisia infantil); pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib); pneumocócica; meningocócica; DTP; tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais); além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A.