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Catarata também afeta cães

Quadro pode ser revertido com técnica semelhante à utilizada em humanos

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Doença também é bastante comum entre a população canina

A catarata é uma das principais causas de cegueira e baixa visão em todo o mundo. Atinge em torno de 65 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda que possa ser tratada.

O que nem todos sabem é que a doença também é bastante comum entre a população canina, que está vivendo mais e que aumentou nos dois últimos anos, totalizando 54,2 milhões de cães, de acordo com a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação).

“Como em humanos, a catarata canina consiste na perda de transparência do cristalino, que é a lente natural dos olhos, responsável pela passagem da luz até a retina para formar as imagens. Os principais sintomas são opacidade dos olhos e perda da visão. O diagnóstico é feito mediante consulta clínica com veterinário especializado. O tutor ou a tutora deve dar atenção à saúde ocular do seu pet, pois alguns indícios podem representar um comprometimento na vista, como esbarrar em objetos e móveis, ansiedade ou apatia, mudança na coloração dos olhos, num tom azulado”, elucida Luiz Fernando Lucas Ferreira, médico veterinário, doutor em cirurgia veterinária

O profissional explica que inflamação e diabetes são fatores de risco, mas alguns estudos relacionam a condição à herança genética. “A catarata costuma ser mais incidente entre as raças poodle, cocker spaniel, schnauzer, yorkshire terrier, shih-tzus, entre outras. Vale lembrar que, além da catarata, os cães podem manifestar outras doenças oculares, como glaucoma, úlcera de córnea, uveíte, entrópio e ceratoconjuntivite seca (CCS)”, afirma Ferreira.

“Existem várias consequências quando a catarata não é tratada, ou seja, quando o animal não é submetido à cirurgia, dentre eles podemos citar: luxação do cristalino (o cristalino sai do lugar), inflamações intraoculares, glaucoma e descolamento da retina, que podem até mesmo levar o pet à perda da visão de forma irreversível”, complementa Fábio.

A boa notícia é que a catarata canina é reversível e já pode ser tratada por meio de métodos consagrados na medicina humana. Trata-se de uma cirurgia realizada através da facoemulsificação (cirurgia menos invasiva), que consiste na retirada do cristalino e substituição por uma lente intraocular.