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Mercado pet deve crescer 12% em 2023 com atendimento mais humanizado

Com um faturamento que pode superar os R$ 46 bilhões este ano, o setor oferece grandes oportunidades para os empreendedores

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Mercado ainda carece de serviços especializados para gatos, animais com deficiência e animais idosos, por exemplo

A indústria de produtos para animais de estimação deve encerrar 2023 com um crescimento em torno de 11,6% em seu faturamento, na ordem de R$ 46,8 bilhões. A projeção da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) leva em consideração os números até o 1º semestre de 2023.

Um dos principais motivos é o crescimento da oferta de novos produtos e serviços para pets, cujos tutores agora procuram manter um cuidado mais humanizado. Com essa demanda, é natural que o setor tenha que se adequar a essa necessidade e que ofereça ótimas oportunidades de negócios para os empreendedores.

As opções são muitas: refeições naturais, creches, lavanderias especializadas, spas, festas para pets, serviço funerário, pet sitter, plano de saúde, docerias, locais para festas, entre outras demandas que geram negócios super lucrativos e estão em curva ascendente.

Ainda de acordo com a Abinpet, há cerca de 167,6 milhões de pets no Brasil, sendo 67,8 milhões de cães e 33,6 milhões de gatos. Com isso, existe no Brasil mais de 285 mil empresas voltadas para os pets, o que torna o país o terceiro maior mercado pet do mundo, com uma participação de 5,1%, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido, com base em levantamentos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo Vanessa de Lima e Silva, gestora estadual do segmento pet no Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o setor tem proporcionado novas oportunidades de negócios para os empresários, principalmente nos últimos três anos.

“Ainda que tenham surgido diversas ofertas, o mercado ainda carece de serviços especializados para gatos, animais com deficiência e animais idosos, por exemplo. Até mesmo o número de creches não comporta a demanda, tendo em vista a diminuição do home office com o fim da pandemia. A tecnologia no setor ainda precisa ser bastante explorada, trazendo oportunidades para quem quer investir nesse mercado”, afirma Vanessa.

Já o consultor de negócios Ricardo Lopes revela que o setor está em ascensão porque hoje os donos de animais criaram uma proximidade emocional e física maior depois da pandemia.

“Os tutores tratam os bichos como gente, como filho, e oferecem, consequentemente, uma refeição mais saudável, plano de saúde, festa de aniversário, creche, cuidados preventivos, babá, terapias como acupuntura e são clientes de uma infinidade de empresas que alimentam esse ecossistema. Somado a isso, cresceu o número de pessoas que adotaram ou compraram um pet para ter companhia durante o período de isolamento. Isso faz o mercado ficar muito aquecido”, avalia Lopes.