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Psicóloga fala da síndrome de fim de ano e aponta caminhos para lidar com ela

Psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica explica por que tristezas e melancolias são comuns nesta época do ano

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Ivana Teles, psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica

As festas, as viagens e os momentos em família, tão comuns em dezembro, remetem à alegria, mas podem desencadear também sentimentos como tristeza, angústia, estresse ou melancolia. Embora a situação nem sempre receba a devida importância, esse desconforto tem nome e é conhecido como síndrome do fim do ano.

A causa, segundo especialistas, está associada a diversos fatores, a exemplo de metas que ainda não foram alcançadas, viagens não realizadas, gastos excessivos ou, ainda, cobranças de familiares por conquistas relacionadas a trabalho, a relacionamentos e a filhos.

“Este é um momento usado para reflexão e para um balanço geral. Muitas pessoas se cobram muito e, quando encontram a família, sofrem e se preocupam em atender às expectativas alheias”, explica a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Ivana Teles.

A profissional também afirma que quadros de apatia também podem estar relacionados à perda de pessoas próximas que participavam efetivamente das festividades. Assim, o que era para ser uma época de comemorações acaba virando um mar de lembranças e de saudade. “Tudo isso faz com que o momento de virada de ciclo se torne um pouco difícil. A grande questão é analisar as razões desencadeadoras de tristeza e ansiedade”, frisa.

Para inverter a situação, Ivana sugere a execução de novas e prazerosas atividades. “Crie uma nova rotina, tenha práticas esportivas e esteja com quem você ama. Não devemos ignorar completamente os problemas e os estresses, mas também é preciso exercitar o olhar de gratidão pelo que aconteceu de bom e, além de tudo isso, traçar metas tangíveis para os tempos vindouros”, enaltece.

Focar nos pontos positivos do seu ano também é uma boa estratégia indicada pela psicóloga. “Somos seres humanos! Estamos aqui para aprender e errar. Tenho certeza de que você fez o melhor que pôde ao longo de todo esse ciclo. Se for a questão da saudade, relembrar os bons momentos e focar nas boas lembranças ajudam bastante”, sugere.

Ivana também ressalta que, no caso de uma angústia muito forte, o indicado é procurar ajuda profissional de um psicólogo e, se necessário for, de um psiquiatra.

METAS REALISTAS

Por fim, a psicóloga dá dicas de como elaborar a sua lista de resoluções para 2024.

“Não adianta fazer metas gigantescas e intangíveis, como ler um livro por semana ou emagrecer dez quilos em um mês. Construa planos realistas e aceite que você está em um processo, um dia por vez. Aceite seu ritmo. Estamos todos aqui para aprender e crescer. Então, acolha-se também”, indica.