Larissa Rüncos é psiquiatra veterinária e criadora de conteúdos digitais. Ela ajuda tutores a tornarem seus pets mais felizes. E na tarefa de ensinar os humanos a compreenderem melhor os seus animais, no dia 21 de julho, falou de um assunto muito sério, mas que poucos tutores levam em consideração, o luto dos animais.
Respondendo à pergunta de uma internauta: ‘como funciona o luto para os animais?’. A médica diz que, assim como os humanos, os animais (falando de cães e gatos) também sofrem o luto e isso ocorre quando há uma perda significativa de um indivíduo – não sendo necessariamente a morte -, no qual ele teve muita afinidade e convivência próxima.
O luto envolve uma diminuição da motivação para a realização de uma atividade. Larissa compara o luto à depressão, sendo um quadro depressivo agudo com uma causa bem específica, pois o animal não consegue lidar com a perda e se desanima com a vida.
A perda pode ser de uma pessoa ou de algum animal que o pet gostava muito. Ou quando a pessoa está ausente – pois eles não têm o entendimento abstrato de que a pessoa ‘desapareceu’ por estar viajando e pode voltar -, e acreditam que o indivíduo sumiu. Assim, como os humanos que podem sofrer de luto pela falta, mesmo sabendo que esse alguém, não morreu.
Conforme Larissa, o luto é um quadro patológico e não um quadro emocional normal, por isso precisa ser tratado. Os sintomas são: comportamento apático, dormir demais, comer de menos, brincar pouco, ser menos carinhoso, comportamentos ansiosos, vocalizando, procurando (algo/alguém) ou ficar angustiado. Então se houver suspeita de que o bichinho está sofrendo, pois sabe que ele teve uma perda importante e apresenta algum desses sintomas, procure ajuda médica.
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