Formado pelos irmãos Manoel, Joaquim e Emílio Teixeira (mais conhecidos como Néco, Doca e Tico, filhos de Sebastião e Lucília Teixeira), o Trio Marajó fez os araraquarenses dançarem nas décadas de 40, 50, 60 e 70.
A carreira musical desses três irmãos teve início em maio de 1945. Inspirados por um conjunto chamado 04 Azes e 01 Curinga, eles resolveram formar o seu próprio conjunto, o Namorados do Samba, que se apresentou pela primeira vez em público no evento Semana Outubrina de 1945 e, e contava ainda com Geraldo de Oliveira e João Vieira, que mais tarde deu lugar a José Figueira.
Com 5 integrantes, o Namorados do Samba se apresentava com nomes famosos da época, entre eles Emilinha Borba, a maior estrela da Rádio Nacional, coroada como a Rainha do Rádio em 1953, e Ângela Maria, uma das cantoras mais populares do Brasil, intérprete de canções como “Babalu” e “Gente Humilde” .
No final dos anos 40, alguns integrantes deixaram o grupo, mas Neco, Doca e Tico seguiram tocando e cantando com o nome de Trio Marajó. E assim começou a trajetória de sucesso ao longo dos anos com Néco no violão, Doca no chocalho e Tico no tan-tan.
Nos anos 50 e 60, o trio tornou-se ainda mais popular e passou a animar o Grêmio Recreativo 27 de Outubro e o carnaval do Clube 22 de Agosto, sob a batuta de Bonetti.
No final dos anos 50 e começo dos 60, o Marajó também alegrou as noites de terça-feira com um programa transmitido do auditório da Rádio Cultura, que levava vários fãs até a porta, só pra ver a entrada e a saída do trio.
Assim, o Trio Marajó permaneceu por muitos anos fazendo história em Araraquara. E continuou por meio de Néco, que seguiu carreira-solo nas décadas de 70 e 80, com violão e voz. Segundo Gisele Teixeira, filha de Néco, “até hoje podemos ouvir os saudosos comentando sobre suas vozes, serestas, saraus, carnavais e serenatas”, completa.
Graças ao acervo da família Teixeira (material cedido por Gisele Teixeira ao projeto Backup Araraquara) o Portal RCIA pôde prestar esta merecida homenagem ao Trio Marajó.