Dona Lázara tinha sempre seu lar aberto àqueles que necessitavam de algum tipo de amparo; desde uma palavra amiga, ao prato de comida ou a veste que podia confeccionar ou conseguir para quem não possuía. O amor ao próximo estava contido nela como algo natural.
Lázara Rodrigues Braga nasceu em Araraquara no dia 25 de outubro de 1920. Era a primeira filha do casal Pedro Rodrigues Caraça, ferroviário e de dona Maria de Lourdes Netto Caraça. Teve como irmãos Mário Rodrigues Caraça, contador e Ênnio Rodrigues Caraça, radialista.
Fez o curso primário no Grupo Escolar “Carlos Baptista Magalhães”. Como filha mais velha do casal e com a mãe sempre enferma, desde muito jovem praticamente criou os dois irmãos e cuidou da mãe.
Casou-se em Araraquara, aos 20 anos, no dia 13 de julho de 1940, com o jovem Antônio Braga, filho dos italianos Sebastião Braga e Joanina Ambrisi Braga. Desse matrimônio nasceram três filhos: Antônio Carlos, advogado, casado com Mari Eleni Nahás Braga; Sônia, psicóloga, casada com Orlando Urbano e Maria Rita, pedagoga, casada com Paulo Fernando Callera. Sua descendência completa-se com 6 netos: Patrícia, Mariangela, Marisabel, Maricize, Paulo Eduardo e Caio Hermes; e quatro bisnetos: Bartira, Alan, Beatriz e Paula Cristina.
De 1957 a 1971, dona Lázara residiu na cidade de São Paulo. Com a aposentadoria do marido, naquele ano, a família retornou para Araraquara, indo morar na Avenida João Baptista de Oliveira, nº 142, Vila Xavier.
Estando residindo novamente em Araraquara, dona Lázara fez curso de auxiliar de enfermagem para melhor atender, voluntariamente, aqueles que a procuravam, não fazendo disso um meio de vida.
Espírita Kardecista, participou ativamente da fundação do primeiro núcleo do Centro Espírita Redenção. Juntamente com o seu marido e um pequeno grupo de pessoas, em 1983, dona Lázara fundou o Centro Espírita Francisco de Assis, onde além da parte da doutrina, ela se dedicou exclusivamnte aos mais necessitados, com costuras e alimentos, sempre contando com a colaboração de algumas pessoas voluntárias.
Apesar da vida simples, em nenhum momento descuidou da família. Juntamente com o marido formou os filhos e nunca deixou de atender aqueles que a procuravam para algum tipo de amparo.
Possuidora de nobres qualidades, sua vida foi uma série constante de lutas e vitórias. Ela empregou o melhor de seus esforços em prol dos semelhantes. Não passou pela vida sem deixar saudades.
A dona Lázara Rodrigues Braga faleceu aos 76 anos, no dia 4 de janeiro de 1997, estando sepultada no Cemitério São Bento.
Seu nome está na rua através da Lei nº 11252, de 3 de agosto de 1999, de autoria do vereador José Alberto Gonçalves “Gaeta”, que denominou Avenida Lázara Rodrigues Braga, a via pública da sede do município conhecida como “Avenida Lázara Rodrigues Braga, ou como “Avenida C”, do Loteamento Parque Gramado II, com início na Rua São José do Rio Preto e término na Rua Presidente João Belchior Marques Goulart, do mesmo loteamento.