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Aos 70 anos morre Paulo Roberto Ianelli, símbolo de uma geração em Araraquara. Velório será na Fonteri.

Adoentado e internado há vários dias no Hospital Universitário da UFSCar em São Carlos, Paulo Roberto Ianelli, teve sua morte anunciada neste domingo em Araraquara e logo familiares e amigos foram às redes sociais para manifestar sua tristeza com a perda de uma figura extremamente emblemática destes últimos 50 anos na cidade. Paulão viveu a essência da vida em toda sua plenitude.

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Paulo Ianelli com seu jeito mais característico

Paulo Roberto Ianelli, o “Paulão Ianelli”, terá seu corpo cremado nesta segunda-feira (09), após cerimônia de despedida no Memorial Fonteri (Unidade 01) a partir das 06h30. A cremação ocorrerá no Crematório Bom Jesus.

Paulo Ianelli foi indiscutivelmente uma pessoa emblemática, porém extremamente querida e respeitada por suas colocações quando em conversas com amizades mais próximas. Opiniões fortes eram colocadas por ele nas discussões sobre uma Araraquara emergente e em meio ao período de transformação comportamental da juventude nos anos 70.

Embora muito conhecido pela forma de agir, “paulão” não tinha como esconder seu amor pela cidade que o viu nascer, tão pouco pela sua generosidade e envolvimento com ações de solidariedade, visando o bem-estar do próximo. Tanto que, as manifestações de carinho e solidariedade aos familiares e amigos foram inúmeras nas páginas das redes sociais neste domingo.

“Ele viveu a vida por completo, em toda sua extensão, mas tinha o coração de um menino e se derretia ao dar muito de si pelos movimentos sociais. Era um outro lado de quem conviveu com a cidade e com as gerações vindas nestes últimos 50 anos. Parte um cara que viu a cidade se transformar, principalmente com os seus movimentos sociais e políticos. Ele era autêntico”, comentou um amigo.

Adoentado já algum tempo, Paulo Roberto Ianelli também viveu a sociedade araraquarense na sua essência; pertenceu a uma das famílias mais tradicionais da cidade, os “Ianelli’s”, cujo avô Savério se tornou uma personalidade da Saúde Pública em várias partes do mundo.

Na verdade, seu avô chegou a ser homenageado pela Fundação Nelson Rockefeller e também pelos Governos do Brasil, Argentina e Paraguai, pela forma com que combatia os diversos tipos de doenças endêmicas como Malária (Maleita), Febre Amarela, Dengue, além de outras que ‘pipocavam’ em uma época de difícil acesso aos medicamentos e tratamentos.

Paulo Ianelli se orgulhava em contar fatos que pontuaram a história do avô e da própria família que criou um círculo de amizades enorme na região de Araraquara. Sua alegria era o Corinthians por quem sempre nutriu um amor desenfreado.

“Ele fez muita história em nossa terra; nossos sentimentos à família e amigos, e que Deus ilumine seu caminho”, disse Eduardo Soranso, em sua página nas redes sociais.