O varejo em Araraquara deve encerrar o ano de 2019 com crescimento de 5% em relação a 2018, e atingir faturamento real (descontada a inflação medida pelo IPCA) de aproximadamente R$ 20,9 bilhões. A análise do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, feita com base nos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) realizada pela FecomercioSP, também projeta expansão de 7% do faturamento para 2020.
Essas estimativas acompanham os resultados projetados para os outros 15 municípios paulistas que compõem a pesquisa, todos aguardando crescimento de 3% a 9% em 2019. Para o Estado de São Paulo, a expectativa de expansão é de 6% na comparação entre 2019 e 2018, com faturamento esperado de R$ 741,5 bilhões. Nesse sentido, a receita de Araraquara representará cerca de 2,8% do total auferido pelo Estado no ano.
No comparativo interanual, todas as nove atividades pesquisadas obtiveram expansão no faturamento, com destaque para os setores relacionados à construção civil: as lojas de móveis e decoração faturaram 18% a mais em 2019, enquanto que a receita obtida com as vendas de materiais de construção aumentou em 12% no mesmo período. O movimento reflete a retomada desse segmento que, após cinco anos em recessão, vem apresentando resultados positivos também no saldo de contratações. No acumulado de janeiro a outubro, o setor de construção civil registrou aumento das admissões em 9,8%, com saldo de 268 contratações.
Segundo avaliação da FecomercioSP, em 2019, as instituições financeiras investiram menos em títulos públicos e houve aumento nos recursos destinados à concessão de crédito tanto para as empresas como para as famílias – de acordo com os dados de setembro do Banco Central, os financiamentos aumentaram 12%.
Considerando este cenário, as expectativas para 2020 são positivas. O estudo avalia que a inflação deve permanecer estável no próximo ano, e a tendência é que as vendas do varejo araraquarense aumentem em 7%, com faturamento real de R$ 22,3 bilhões. Destaque para o segmento de vestuário, tecidos e calçados, que pode atingir expansão de até 33% em relação a 2019.
A explicação para tais expectativas, segundo a Federação, tem relação direta com a recuperação da indústria paulista, que mostrou força no final do ano e deve influenciar para que os demais setores comecem 2020 com bonsTotal do comércio varejista 22.326.250 7% 100,0% números. Essa recuperação se dá, em parte, à desvalorização do real frente ao dólar, que aumentou as receitas auferidas pelos produtores nacionais com a venda de suas mercadorias ao exterior. No âmbito municipal as exportações aumentaram em 194%, no acumulado de janeiro a novembro de 2019.
De outra parte, espera-se as demais reformas importantes sejam colocadas em pauta pelo governo e que as medidas de concessões e privatizações das empresas estatais que não proporcionam renda aos cofres públicos contribuam com a redução dos gastos do governo.
Assim, a tendência é que essas ações promovam um ambiente cada vez mais favorável à expansão dos investimentos e à queda das taxas de desemprego, o que deve reduzir os níveis de inadimplência das famílias e estimular a expansão das vendas, como projetado pelo estudo.