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Elton Negrini: que tiro foi esse?

Por Sônia Maria Marques

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Ainda repercute e não há desfecho o caso da agressão sofrida pelo vereador Elton Negri, que também é delegado de polícia em nossa cidade. Na saída da Câmara, com direito a filmagem divulgada nas redes sociais, o parlamentar foi atacado por um morador de rua e levou um murro no rosto. Sobre as filmagens e a divulgação das cenas, a vereadora Thainara Faria, acabou assumindo a responsabilidade.

O vereador ao sair da Câmara por força da sua atividade profissional carregava um revólver e agredido sem menos esperar, poderia muito bem – como já ocorreu com tantos outros policiais – ter se valido desta prerrogativa, sacado da arma e disparado. Da mesma forma que o agressor utilizou o murro para a agressão poderia ter usado uma faca ou qualquer outra arma com danos mais graves.

Se o cenário foi montado por pessoa ou pessoas será difícil se comprovar, a não ser que ocorra confissão do agressor destemperado em noite de calmaria; mas não é bem isso que pretendemos avançar em nossa análise pois cabe efetivamente as autoridades policiais o esclarecimento sobre a esdruxula provocação do andarilho mergulhado na cachaça.

Enaltecemos o preparo do delegado ao ser atacado num primeiro momento, mantendo a calma e imobilizando o agressor até a chegada de seguranças e policiais que deram sequência ao encaminhamento até a delegacia. A serenidade de Elton Negrini mostra que além do equilíbrio emocional o delegado estava envolto num cenário que poderia ter apresentado um final trágico e com reflexos negativos e condenação imediata da opinião pública: “atirou no andarilho, matou um pingaiada, não teve pena do coitado e atirou, precisava ter atirado no indigente”.

Deus mostrou e nem poderia ter sido diferente que a justiça é perfeitamente praticada longe dos olhos do demônio; e sobre as pessoas de bem a benção divina é depositada para iluminar os passos de quem caminha na noite de mãos dadas com a bondade.

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR