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Exposição Concreta chega ao Senac com obras de Judith Lauand

Mostra contará com visita guiada do coordenador de Acervos e Patrimônio Histórico da Prefeitura

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Exposição pode ser visitada até o dia 17 de março.

O Senac Araraquara abriga, até o dia 17 de março, a “Exposição Concreta: Judith Lauand 100 anos”, realizada a partir da mostra apresentada no ano passado pela Secretaria Municipal de Cultura, a fim de homenagear a artista que faleceu em 9 de dezembro de 2022, aos 100 anos de idade. 

Apresentada inicialmente entre setembro e dezembro do ano passado na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, a mostra conta com 27 xilogravuras da artista que compõem o acervo da Pinacoteca Mário Ybarra de Almeida, além de uma tela em óleo (Mulheres).

Os visitantes também poderão conferir as obras da artista que ficam em exposição permanente no Senac Araraquara. São 11 quadros, uma tela em óleo e um painel mural.

No dia da abertura da exposição, às 19h30, está prevista uma visita guiada com mediação educativa do coordenador de Acervos e Patrimônio Histórico da Prefeitura, Weber Fonseca. Não é necessário se inscrever previamente.

O Senac Araraquara está localizado na Rua João Gurgel, 1935, no Carmo, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h, e aos sábados, das 8h às 14h.

A ARTISTA

Judith Lauand nasceu em Pontal (SP) em 26 de maio de 1922. Em 1950, formou-se na Escola de Belas Artes de Araraquara, tendo aulas com Mário Ybarra de Almeida e Domenico Lazarini. Dois anos depois, formou-se em gravura com Lívio Abramo.

Em 1954, a artista conheceu o movimento concretista e nesse mesmo ano realizou sua primeira exposição individual. Um ano depois foi convidada a integrar o Grupo Ruptura, movimento que consolidou a arte concreta no Brasil. Até o fim do grupo, Judith foi uma das principais representantes e única mulher entre os artistas brasileiros e estrangeiros. Judith Lauand passou a ser um nome reconhecido e premiado internacionalmente, com participações importantes em exposições coletivas e individuais.

Judith foi uma artista de intensa atividade durante toda a sua carreira, com obras que nunca perderam suas características marcantes. Notável pela precisão das obras, ela evidencia em suas produções as linhas e vetores que denotam movimento, nuances cromáticas e vivacidade.

OBRA

Ainda que tenha ficado conhecida como a “Dama do Concretismo Brasileiro”, Judith Lauand foi muito além da arte concreta. Em seu acervo consolidado e reconhecido internacionalmente, a artista percorre experiências com a arte pop, abstrata, política e sobretudo diversa.

Presente em exposições brasileiras históricas e colecionando premiações, a artista marca um movimento artístico e representa uma vida inteira dedicada à arte. Integrando o que os críticos chamam de “segunda vanguarda”, foi presença feminina expressiva e fundamental em um meio artístico que era predominantemente masculino. Com sua obra formada pelo pioneirismo estético e social, abordou temas fundamentais às questões urbanas, políticas e femininas, usando composições singulares, dinâmicas e que transcenderam os dogmas concretistas.