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Oscar 2021: cinéfilos de Araraquara e Região escolhem seus filmes favoritos

Entrevistados destacam "Meu Pai", "O Som do Silêncio", "A Bela Vingança", "Druk" e "Nomadland"; transmissão ocorre nas redes sociais e no canal fechado TNT

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Este ano, cerimônia será em formato híbrido. (Foto: Divulgação)

Após um atraso de dois meses, chegou o grande dia. Diferentemente do ano passado, a 93ª cerimônia do Oscar, que ocorre neste domingo (25/04), a partir das 20h, no Dolby Theatre, em Los Angeles, terá um formato híbrido. Em 2020, tudo foi remoto.

Atores como Bong Joon Ho, Harrison Ford, Brad Pitt, Reese Witherspoon, Angela Bassett, Halle Berry, Don Cheadle, Regina King e Bryan Cranston estão entre os apresentadores já anunciados. No Brasil, a transmissão ocorre através no canal fechado TNT e também  das redes sociais oficiais do Oscar 2021.

Neste ano, na categoria principal, de melhor filme, concorrem: “Meu pai”, “Judas e o messias negro”, “Mank”, “Minari”, “Nomadland”, “Bela vingança”, “O som do silêncio” e “Os 7 de Chicago”. À pedido do Portal RCIA, cinéfilos de Araraquara e Região fazem suas apostas. Abaixo, confira as escolhas dos araraquarenses Alexandre Mori Rodrigues e Tânia Capel e também do matonense Rafael Perazzolli.

Alexandre Mori, empresário e publicitário

“A beleza de Nomadland reside na escolha que as pessoas fazem ao lidar com problemas profundos, optando por um viver solitário, precário, mas livre e humano. Recheado de personagens reais que interpretam a si mesmos,  o filme possui uma perspectiva especial, além da fotografia primorosa.  

Sem julgamentos morais, o filme dinamarquês Druk  retrata 4 amigos que ao decidirem testar uma tese de que a ingestão diária de álcool melhora o desempenho social, escancaram por fim suas crises existenciais, profissionais e afetivas. Um roteiro que mistura humor e drama somado a uma atuação magnética de Mads Mikkelsen, que culmina numa cena final merecedora de aplausos”.

Nomadland, de Chloé Zhao e Druk – Mais uma Rodada, de Thomas Vinterberg

Tânia Capel, produtora cultural e atriz

“O Som do Silêncio (The Sound of Metal) é uma grata surpresa: não é só uma produção excelente. Arrisco dizer que é necessária. Há muito tempo, um filme não me mobilizava tanto. A edição de som é impecável. Não sou muito ligada ao som mas, neste filme, o trabalho é incrível, nos movimenta no universo da história. Mereceu demais a indicação e deve levar essa estatueta.

O trabalho de atuação (esta sim é minha área) de Riz Ahmed é muito bom, conseguindo expressar as subjetividades e o universo emocional de Ruben nos diferentes momentos de sua trajetória e, Paul Raci, supera qualquer expectativa. Rice é minha aposta para a estatueta de ator coadjuvante.

Agora, o roteiro original é sutil e impactante ao mesmo tempo. Ele traz uma mensagem muito importante para a sociedade, abordando algo delicado de maneira leve e poética, nos mostrando o quanto a busca por padrões compromete nossa saúde mental e o quanto é libertador a autoaceitação. Não é panfletário, não precisa gritar. Merece demais a estatueta de roteiro também. Tem toda a minha torcida”.

O Som do Silêncio, de Darius Marder

Rafael Perazzolli, jornalista

“A Bela Vingança consegue retratar um tema tão delicado subvertendo o gênero.  Com um roteiro ácido e atual, ele consegue te atingir sem ser expositivo ou apelativo. Já “Meu Pai” tem a melhor atuação do Anthony Hopkins, adaptando a peça escrita pelo diretor, colocando o espectador na pele do personagem, mostrando as confusões, as dúvidas, os medos que chegam com a idade. É a direção mais interessante dos filmes indicados”!

A Bela Vingança, de Emerald Fennell e Meu Pai, de Florian Zeller

(Por Matheus Vieira)