
Nesta manhã de quarta-feira (6), a Secretária de Saúde Eliana Honain disse que: “Nós já estávamos esperando um grande número de casos no mês de janeiro”, ressaltou ela.
Araraquara positivou hoje (6), 91 casos da covid-19 e já contabiliza 95 mortes. Ainda segundo a secretária muitas cidades pelo país estão com a capacidade hospitalar esgotada e um número crescente de coronavírus principalmente na cidade de São Paulo. “Vemos também uma situação muito preocupante aqui na região, com o crescimento no número de casos e consequentimente, muitas internações”, disse ela.
Eliana ressalta que Araraquara está em uma situação confortável, diante de outras cidades que desmontaram seus leitos disponíveis para covid-19. Na posse do prefeito Edinho Silva no dia 1° de janeiro ele afirmou que uma de suas primeiras medidas seria abrir leitos para atender os casos de coronavírus.
“Araraquara vem mantendo toda sua estrutura, não falta exames, não faltam leitos para internações, tanto para positivos ou suspeitos. Matemos o Hospital de Campanha e também a unidade de retaguarda do Melhado, que são quartos individualizados que se a situação se complicar ela tem estrutura completa para internação. Inclusive nosso tomógrafo começa a funcionar a partir da semana que vem e poderemos atender também os positivados.
Ela ressalta que a capacidade das UTIs da cidade está em torno de 40% e isso preocupa. “Ontem os 10 leitos da UTI da Santa Casa estavam ocupados, nos hospitais privados da cidade também estão com uma taxa alta de ocupação. Tivemos uma reunião ontem onde avaliamos tudo isso, na região também UTIs lotadas, Matão, São Carlos com 80% da capacidade lotada e outros municípios que disponibilizam leitos, como Ibitinga, Taquaritinga, tem leitos, mas não atendem complexidades que podem aparecer devido ao covid, e por isso eles têm que vir para Araraquara”.
A cidade não corre o risco de ter um colapso devido à estrutura montada pela prefeitura do município. “A população precisa entender que estamos em uma situação crítica, vemos pessoas não usando máscaras, não respeitam distanciamento social, podemos ter um colapso de transmissão. Uma pessoa transmite em média para quatro outras. Muitas pessoas saem e acabam trazendo para a casa o vírus para os idosos que são do grupo de risco. Quanto mais pessoas positivadas, maior é o numero de transmissão, então temos que manter todos os cuidados”, ressaltou a secretária.
Honain explica que estamos a 10 meses em meio à pandemia e que ela não acabou. “No Brasil não temos segunda onda, temos uma continuidade e se não tivermos a colaboração da população teremos um grande problema”.
VACINAÇÃO
Edinho Silva se reuniu hoje com o governador João Doria e mais 644 municípios do Estado de SP para tratar da pandemia e do Plano Estadual de Imunização, que terá início no dia 25 de janeiro. “Araraquara montou um comitê para organizar a vacinação na cidade, onde o primeiro grupo a ser vacinado será provavelmente os trabalhadores da saúde, os que estão na linha de frente e ainda vamos definir quais os prioritários, pois não sabemos se teremos vacina para todos no primeiro momento. Portanto aguardamos orientações da Secretaria do Estado. O município vai montar uma estratégia para cada grupo de vacinação, para não ter aglomeração e as pessoas vão querer acesso a vacina e pode ser conturbado, e vamos respeitar o critério preconizado”, diz.
O Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, listou aos prefeitos os detalhes do plano. A primeira etapa de vacinação vai priorizar profissionais da saúde, pessoas com 60 anos ou mais e grupos indígenas e quilombolas. A expectativa do Estado é que 9 milhões de pessoas sejam imunizadas na primeira etapa, com a aplicação de 18 milhões de doses, até o dia 28 de março.
A campanha coordenada pela Secretaria Estadual da Saúde em parceria com os 645 municípios paulistas visa dobrar o total de postos de vacinação dos atuais 5,2 mil para até 10 mil. A estimativa é de que a vacinação envolva cerca de 79 mil profissionais, com 54 mil trabalhadores do setor da saúde e 25 mil agentes da segurança pública para garantir a segurança da população e evitar aglomerações nos locais de imunização.
A secretária acredita que mesmo com a vacina viveremos esta situação de cuidados até o final de 2021.