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Em depoimento na DIG, Serial killer diz que pretendia matar outras oito pessoas

Acusado confessou o assassinato de duas mulheres e um homem que foram enterrados no quintal de sua casa

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Aelson de Almeida Ribeiro, de 42 anos, o Baloo

O pintor de paredes Aelson de Almeida Ribeiro, de 42 anos, o Baloo, foi ouvido novamente pelo delegado João Fernando Baptista na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em São Carlos, na tarde quarta-feira (04) para falar sobre os três assassinatos que cometeu e confessou no dia 9 de abril, ao ser preso pelos investigadores no Cidade Aracy II.

Baptista disse que a cada oitiva “Baloo”, revelou um perfil e uma parte de sua história. Desta feita disse que pretende escrever algo sobre sua vida em São Carlos. Disse também que gostava muito de ler a bíblia e que chegou a frequentar igrejas na região do Cidade Aracy e um na região central de São Carlos.

RITA

Baloo revelou que teve três relacionamentos com mulheres e um deles foi em 2001, quando viveu amasiado com uma de suas vítimas, a aposentada Rita de Oliveira da Silva, 45 anos, a qual teve uma filha, porém quando a menina tinha um ano, a criança morreu. Posteriormente abandonou Rita e somente no final de 2021, voltou a ser relacionar como amigo com Rita, que estaria viciada em drogas e também teria promovido furtos contra ele, que teria se revoltado e a matou no final do mês de fevereiro deste ano e enterrou seu corpo no quintal de sua casa.

Mulher foi encontrada em uma dessas valas feitas em um fundo de quintal (Foto: Maycon Maximino)

LUÍS FERNANDO

Ouvido sobre a morte de Luís Fernando Pereira Luna, 24 anos, o “Tato”, Baloo afirmou que foi o terceiro assassinado. Ele teria agredido o desafeto com um enxadão na noite do dia 2 de março e teria enterrado seu corpo no quintal da casa.

ARIANE

Na tarde do dia 11 de abril, Baloo, levou os policiais da DIG em sua casa, na rua Antônio Zacarelli, 27, no Aracy II, onde apontou ao lado de uma bananeira, onde teria enterrado o corpo de Ariane Maia Valeria, 26 anos. Os Bombeiros escavaram e localizaram o cadáver da mulher que foi reconhecido por familiares que a procuravam. Ele disse que matou Ariane, no dia 12 de fevereiro por estrangulamento e após a enterrou em uma cova aberta em aproximadamente 30 minutos. Como os demais assassinatos, ele disse que todos foram cometidos entre as 19h e 20h.

OUTRAS MORTES

Outro detalhe sobre seus crimes é que ele não quis comentar quem seria, mas, afirma que um rapaz que estaria vivo e antes das três vítimas fatais ele tentou mata-lo, porém conseguiu escapar de sua casa.

Baloo garantiu que as pessoas que morreram tinham envolvimento com drogas e promoviam furtos no bairro e passaram a furtá-lo, o que causou ainda mais sua revolta. A partir de então passou a montar em sua cabeça uma estratégia para pegar um por um e após mata-los, disse que ainda teria outras oito pessoas que também morreriam, mas acabou sendo impedido após a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), prendê-lo na tarde do dia 7 de abril, quando caminhava pela avenida Regit Arab, na Cidade Aracy.

Bombeiros em busca do terceiro corpo enterrado no quintal (Foto: Maycon Maximino)

ÓDIO 

Sobre nomes, teria dito ao delegado que não falaria quem seria e que espera ficar preso por um bom tempo para acalmar o ódio que estaria em sua mente.

VONTADE DE MATAR

Baptista não quis comentar sobre ser Baloo, um serial killer (assassino em séries), mas disse que embora seja muito bem comunicativo, fala o português fluentemente e sempre pensa antes de responder.

O delegado disse que embora apresente um álibi para seus crimes (drogas e furtos), não teria motivo para matar. “Ele simplesmente tinha vontade de matar”.

Baptista afirmou que a casa do pintor de paredes, que hoje é chamada de “Casa do Terror”, localizada na rua Antônio Zacarelli, 27, na Cidade Aracy II, já foi vistoriada por três vezes.

PREVENTIVA

No início da noite, Baloo foi formalmente indiciado pelos crimes de triplo homicídio doloso qualificado e ocultação de cadáver e posteriormente foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito e posteriormente recolhido ao centro de triagem de São Carlos, onde aguarda as providencias da Justiça Criminal. (Informações SCA)