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Homem que teria ameaçado Thainara de morte, tem celulares e notebook apreendidos em Jundiaí

Ex-vereadora e agora deputada estadual que aguarda a posse na capital foi as redes sociais para falar da ação da Polícia Civil. Aparelhos estão sendo periciados para a confirmação de que, deles saíram as ameaças.

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Thainara ameaçada antes de assumir cadeira em SP

Agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), no cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Jundiaí deram continuidade ao processo investigativo que visa esclarecer o autor de ameaças de morte feitas a deputada estadual eleita por Araraquara, Thainara Faria, quando também ainda era vereadora à Câmara Municipal na cidade.

O delegado Fernando Bravo, da DIG, confirmou que foram apreendidos três notebooks e CPU, que já estão sendo periciados. Na residência do investigado – nome ainda é mantido em sigilo – também foram recolhidos dois celulares.

Se confirmado o envolvimento do homem as ameaças teriam partido de um dos aparelhos, sendo a prova para incriminá-lo. No dia em que recebeu a mensagem, Thainara não conseguiu esconder seu nervosismo e pediu ajuda até para o Ministério da Justiça. No começo desta semana a deputada, que ser prepara para assumir uma cadeira na ALESP, utilizou suas redes sociais para dizer que – o suposto criminoso – estava em vias de ser identificado.

O QUE ACONTECEU

A deputada estadual cumpria uma agenda em Brasília quando recebeu uma mensagem anônima pautada por ameaças de morte; ela participava do primeiro encontro de parlamentares LGBT+ realizado em Brasília, no dia 20 de janeiro. O caso foi denunciado à Polícia Federal do DF na oportunidade.

Na mensagem, enviada por e-mail para a deputada que é negra e bissexual, o autor disse que estava “cansado de macacas gaysistas” que “pregam contra homens brancos de bem”. O autor ainda dizia ter comprado uma “pistola 9 milímetros com seis cartuchos de munição”para mata-la.

“Vou meter uma bala na sua cabeça Thaina (sic) e depois matar todos os negros, gays e sapatonas que estiverem junto com você. E depois disso vou meter uma bala na minha cabeça”, escreveu.

Ele ainda afirmou que estava indo ao evento onde Thainara estava, o “1º Encontro de LGBT+ Eleites ” e que poderia concretizar a ameaça entre os dias 21 e 22 de janeiro. “Não tenho rosto, posso ser qualquer um neste evento, posso agora mesmo estar ao seu lado e quando você menos esperar: Boom! Seus miolos estarão espalhados pelo chão”, escreveu.

O autor ainda mencionou os nomes de Wellington Menezes, assassino de 12 alunos em uma escola no Realengo, no Rio, em 2011, e Elliot Rodge, que esfaqueou e atirou em várias pessoas na Califórnia, EUA, em 2014 – os quais ele chamou de “heróis” e que queria ser como eles.

Pelo Instagram, Thainara contou horas depois que havia deixado Brasília escoltada e que recebera todo o apoio do Ministério da Justiça.