A contratação de uma construtora que tem ocasionado seguidamente problemas para a administração pública em Araraquara está, agora, sendo agravada por uma crise jurídica que poderá comprometer por mais tempo a entrega da Ponte dos Machados, cuja conclusão estava prevista para fevereiro deste ano. O anúncio de novo atraso e a prorrogação na finalização da obra foi feito pelo próprio prefeito Edinho Silva, irritado com os atrasos da empresa.
Com problemas estruturais desde dezembro de 2019 e a proibição da passagem inicialmente de veículos pesados, a Ponte dos Machados de acordo com a Prefeitura Municipal teria suas obras retomadas em outubro de 2022, após algumas paralisações por questões técnicas.
De acordo com o projeto, a nova estrutura da ponte agora terá 25 metros de comprimento e 13 metros de largura, sendo 7 metros mais longa e 4 metros mais larga que a atual (de 18m x 9m). Além disso, a nova ponte será 1,10m mais alta. Também haverá faixa lateral para passagem de pedestres e ciclistas. Isso, contudo, não sai do projeto face os constantes problemas causados pela construtora contratada, sempre interessada – em novos aditivos (mais recursos).
O novo projeto também diz que a Estrada Vicinal Abílio Augusto Corrêa, em toda sua extensão de 21 km, também deverá ser recapeada pelo Governo do Estado dentro do programa “Novas Estradas Vicinais”, conforme anúncio feito pela gestão estadual. A ponte liga Araraquara a Guarapiranga, Ribeirão Bonito, Assentamento Bela Vista e propriedades rurais no entorno.
A lentidão na construção da nova ponte tem causado revolta, principalmente entre os produtores rurais que encontram dificuldades no escoamento dos produtos agrícolas. Eles se recordam que 20 meses após a ponte ser interditada, o prefeito Edinho participou da assinatura da ordem de serviço para o início das obras da nova ponte marcada por uma cerimônia realizada no salão da Capela Nossa Senhora de Fátima, do Bairro dos Machados, em julho de 2021. Lá estava o vice-governador do estado de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB). Isso aconteceu em julho do ano passado e ambos disseram que a obra começaria na semana seguinte.
Uma empresa – a Verdebianco Engenharia Eireli foi contratada para iniciar a obra com prazo estimado de 180 dias para a entrega, no entanto teve que parar pois autores do projeto desconheciam que dutos de esgoto industrial da Cutrale passavam sob o leito do córrego e que, poderiam não resistir os impactos da nova construção. Outra adversidade técnica foi a necessidade de intervenção da CPFL para remoção de fiação existe na região da ponte.
O investimento nas obras é de R$ 2.209.421,36. Desse valor, R$ 2.140.428,92 são do Governo do Estado, via Secretaria de Desenvolvimento Regional, e R$ 68.992,44 são de contrapartida municipal.
