Home Cidade

Jacobucci diz aos vereadores na Câmara que “o servidor quer apenas comer”

Após a Prefeitura Municipal protocolar aumento de 4,65%, o presidente do Sismar usou Tribuna Popular da Câmara nesta terça, procurando sensibilizar os vereadores. Usou palavras fortes contra a proposta feita pelo prefeito e alegou que "o servidor não quer viajar, mas se alimentar".

48
Jacobucci, presidente do Sismar, nesta terça na Câmara

Usando a Tribuna Popular da Câmara Municipal nesta terça-feira (06), o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara, Gustavo Jacobucci, disse que “os servidores esperam receber apoio dos vereadores na reivindicação que fazem ao Poder Executivo, para que a proposta referente a data-base 2023 seja melhorada”. Ele comentou que até aqui o prefeito Edinho através seus assessores ofereceu –  4,65% de reajuste.

O dirigente chegou a citar em sua fala, os elogios que o prefeito tem feito, ressaltando o trabalho e a dedicação do quadro de servidores durante a pandemia, mas que para eles (servidores) o importante mesmo é o salário: “o que o servidor faz tem que ser reconhecido com o salário”, destacou.

Jacobucci chegou a comparar o salário de um funcionário municipal, após 19 anos de dedicação ao serviço público, ao trabalhador do comércio que está iniciando hoje suas atividades. Em tom de desabafo o presidente do Sismar disse algumas vezes que o servidor – não deseja nada além da valorização e reconhecimento, ponderando que – ninguém quer viajar, mas sim comer, garantir sua sobrevivência.

Durante sua participação na Tribuna Popular, Jacobucci se sensibilizou com a situação da categoria e chegou a dizer aos vereadores que recentemente o Sincomércio divulgou uma pesquisa feita pelo seu Núcleo de Economia em que foi apontado o valor da cesta básica em Araraquara, algo em torno de R$ 923, enquanto o ticket ofertado ao servidor é R$ 440, considerando uma injustiça.

Sem dar foco as tratativas feitas junto aos servidores municipais, já foram registradas três rodadas de negociações, o que representa para o funcionalismo uma conversa de “desgastar as negociações ao ponto do servidor aceitar o que já foi protocolado”. Os representantes do Executivo nas negociações alegam apenas que – o município já teria chegado no limite.

Em reunião com a diretoria do SISMAR e parte da comissão de servidores, realizada na tarde desta segunda-feira, a maioria dos vereadores se comprometeu a não votar o projeto antes de novas conversas com o Sindicato e a categoria. Reunidos em assembleia na mesma noite, os servidores decidiram seguir mobilizados, aguardando o andamento das negociações mediadas pelos vereadores. Manifestações, atos e até greve, não estão descartados caso a Prefeitura não melhore a proposta de reajuste.