Em nota, a assessoria de Agnaldo Timóteo confirmou o falecimento: “É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Ele não resistiu as complicações decorrentes da Covid-19 e faleceu, hoje, às 10h45. Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor para vencer essa batalha e a venceu”.
Agnaldo Timóteo foi internado e, rapidamente, o quadro evoluiu para grave. Na ocasião em que o cantor foi intubado, o filho do cantor pediu orações para o pai.
“Peço a todos que façam uma corrente de oração para meu pai, Agnaldo Timóteo e todos que estão internados com essa maligna doença covid-19. Desde já agradeço!!”, escreveu em um post no Instagram.
Em maio de 2020, O artista já tinha dado um susto nos fãs ao sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O cantor foi levado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e conseguiu se recuperar.
TRAJETÓRIA ARTÍSTICA
Nascido em Caratinga (MG), Agnaldo Timóteo iniciou a carreira na década de 1950, cantando em rádios de Minas Gerais. Em um dos shows, conheceu Angela Maria, que o aconselhou a ir para o Rio de Janeiro.
Na capital carioca, sem dinheiro, trabalhou como motorista de Angela Maria. A cantora, então, o ajudou a estrear, em 1961, com as gravações de Sábado no Morro e Cruel Solidão.
O estouro veio após participar de um programa na TV Rio, no qual cantou uma versão de The House of The Rising Sun, do grupo britânico The Animals, e foi contratado pela gravadora EMI.
Do começo com versões de músicas estrangeiras ao sucesso de faixas românticas, foram 74 discos ao longo da extensa carreira: os dois mais recentes, lançados em 2019, são E A Vida Continua e Presente de Deus
AGNALDO, O POLÍTICO
Além da vida nos palcos, Agnaldo Timóteo também teve carreira como político. A trajetória neste mundo teve início em 1982, quando disputou pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) a eleição para deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Sua estreia na tribuna da Câmara dos Deputados, em fevereiro de 1983, ficou marcada pela frase “Alô mamãe”, ao simular um telefonema para sua própria casa. No Congresso, votou, em 1984, a favor da emenda Dante de Oliveira, que previa eleições diretas para a Presidência da República.
Após apoiar Maluf nas eleições, Agnaldo Timóteo deixa o PDT e ingressa no Partido Democrático Social (PDS), por onde se candidata, em 1990, ao governo do Rio de Janeiro – sendo derrotado por Leonel Brizola (PDT).
De 1995 a 1996, pelo Partido Progressista Reformador (PPR), Timóteo teve outro mandato, que assumiu na suplência de Amaral Neto. Em 1997, virou deputado estadual pelo Rio de Janeiro, já pelo Partido Progressista Brasileiro (PPB). No ano de 2000, não conquistou a reeleição.
A carreira política foi retomada em 2004, sendo eleito vereador, agora por São Paulo, filiado ao Partido Progressista (PP). O cantor-político, então, foi reeleito em 2008. Em 2012, tentou reeleição, mas não teve votos suficientes.