O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e Trabalhadores na Limpeza Urbana de Araraquara, São Carlos, Matão e Região (Siemaco), que representa os trabalhadores da empresa terceirizada responsável pela limpeza das unidades educacionais da rede municipal de Araraquara, decidiu entrar em greve devido ao atraso no pagamento de salários e benefícios trabalhistas de caráter alimentar. A paralisação seria iniciada a partir do dia 11, mas os trabalhadores, temendo perder o emprego, não aderiram.
Os problemas envolvendo a limpeza nas escolas vão além do atraso nos salários de quem faz o serviço. Envolvem a prestação do serviço em si, que estaria sendo executado com número insuficiente de funcionários. Essa questão, inclusive, já é alvo de uma ação do Ministério Público do Trabalho, pois sem quantidade recomendada de funcionários para fazer a manutenção e limpeza nas escolas os servidores e alunos ficam expostos ao risco de contaminação, podendo adoecer de covid e outras doenças.
Além de encaminhar a denúncia à justiça, com base nos depoimento de servidores, o MPT sugeriu ao município “que se abstenha, imediatamente, de exigir o labor presencial de profissionais da educação, para a realização de aulas presenciais em escolas municipais, até que seja comprovado nestes autos a disponibilidade, em cada escola, de número de profissionais de limpeza compatível com o referencial de produtividade do trabalho.”
Questionada, a Prefeitura disse que não houve a paralisação do serviço e também não houve greve dos funcionários da empresa terceirizada para a limpeza das escolas da rede municipal.