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Rejeição de Edinho atinge 50%, mas ainda assim poderá ser eleito em 2020

Números são apresentados na enquete organizada pelo RCIARARAQUARA; mesmo com este índice de rejeição ele deverá vencer e só perderá se acontecer uma radicalização ideológica de direita e esquerda. Neste caso, Edinho será derrotado.

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Menos de 14 meses das eleições municipais e com 28% de aprovação de acordo com a população que o considera um ótimo prefeito, Edinho Silva poderá ser reeleito em 2020, não devendo ultrapassar contudo a marca dos 35%, pois há um índice de 5% que considera sua administração como – boa e 2% sendo média. Este número deve ser direcionado aos que o vêm como ótimo.

Os indicativos são da enquete organizada pelo RCIARARAQUARA durante 15 dias de permanência em seu site, com a finalização ocorrendo na próxima quarta-feira; o internauta pode votar uma única vez já que existe controle do IP no computador, o que não permite um segundo acesso. Os númerosnão são oficiais, apenas uma tendência da população via internet.

Curioso, no entanto, é que o pretenso candidato a reeleição numa comparação com o mesmo período da enquete realizada no ano passado caiu 6% justificado pelo desgaste partidário do PT em todo o Brasil, falhas na administração pública, uma delas ruas esburacadas, descontrole nos gastos, inchaço da máquina provocando o endividamento, venda de bens pertencentes ao município (campo do Estrela ao Daae) e situações polêmicas partidárias causadas em parte pela deputada Márcia Lia assumidamente petista, tendo algumas destas situações, repercussão nacional.

Edinho para compensar a queda do seu prestígio foi buscar outras formas de manter sua visibilidade equilibrada, apostando em reuniões do Orçamento Participativo, formação de conselhos em todas as áreas que lhe garante com os escolhidos, o apoio de uma militância de aproximadamente mil membros da população. Ele também apostou na realização de festas e eventos populares, principalmente para os jovens, querendo formar novo eleitorado, já que a faixa de 30 anos em sua maioria, demonstra tendência de não votar no PT. Por essa razão investe na imagem do candidato e não na sigla.

Ao fazer isso que é a preservação da imagem, o atual prefeito bate de frente com outra situação: as marcas deixadas pela Operação Lava Jato já que constantemente seu nome retorna às manchetes dos jornais, envolvido em escândalos por conta do seu trabalho político como tesoureiro da então presidente Dilma Roussef. Dela, Edinho também foi ministro e embora investigado nada por enquanto, foi provado contra ele.

Como contra-partida Edinho Silva dispensa classes como A e B, pois sabe que é um eleitorado mais esclarecido e com poder de maior concentração econômica e onde dificilmente encontrará respaldo; assim, salta com tudo para consolidar seu fortalecimento na periferia da cidade nas faixas C e D, estratégia que tem dado certo pela convivência com a necessidade das pessoas. Outro eleitorado interessante para ele tem sido as igrejas; ainda que católico e onde tem recebido apoio com maior intensidade pelas suas ligações passadas em movimentos religiosos, o virtual candidato de 2020 não dispensa as boas ligações que têm mantido com os evangélicos. Outro ponto que favorece Edinho é a inexistência de novas lideranças pois os partidos considerados de expressão e comandados por antigos da política deixaram de criar líderes; há também o aspecto do desinteresse de possíveis interessados face o desgaste da classe política, grande parte envolvida em atos de corrupção.

ÚNICA FORMA PARA PERDER

A reeleição de Edinho, de acordo com a enquete do RCIARARAQUARA, só estará garantida se partidos de ponta e representatividade no cenário eleitoral não se dividirem. PSDB, MDB, DEM, PSL, que detém maior número de filiados poderão atingir até 48% dos votos e teriam que sair com um candidato único. Este concorrente terá que ser de extrema direita e obter votos num cenário de – 50% que acham péssima a administração de Edinho, mais 13% que entendem como um governo ruim e 2% média. Seriam basicamente 65%, dos quais necessitaria não menos que 45%. Então é necessária a união de todos de centro/direita como, PDSB, MDB, DEM, PPS (agora Cidadania), PATRIOTA, PODEMOS, PSL e outros de menor expressão.

Fechando 2020 com cerca de 170 mil eleitores aptos a votar, presume-se que pelo menos 110 mil serão considerados votos válidos (98 mil em 2016); naquela oportunidade se os partidos de centro/direita tivessem se unido – Edna, 28,93%; Boi, 12,56%; Nino, 8,53% e João Farias, 2,62%, totalizando mais que 50%, fatalmente Edinho Silva não teria sido eleito. O mesmo quadro deverá se repetir em 2020.

Como a enquete do nosso portal segue até a próxima quarta-feira, véspera do aniversário de Araraquara não se pode evidentemente dar o trabalho como encerrado, no entanto, pouco ou quase nada será alterado.