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Roubo na Igreja de Santa Cruz reforça irritação dos comerciantes na praça

Entre a semana passada e este sábado o ambiente em frente a Igreja de Santa Cruz foi de muita tensão: pertences dos moradores de rua, colocados em espaço destinado aos taxistas, foram levados por um veículo para descarte. Eles se rebelaram e ameaçaram alguns comerciantes com faca e sob pressão drogados e alcoólatras sairam da praça. Antes picharam as paredes do Assaí e supostamente teriam roubado as oferendas da igreja.

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Nesta segunda-feira os moradores de rua já não estavam mais dormindo na área reservada aos taxistas

Passividade das autoridades levou na semana passada alguns comerciantes da região central da cidade a iniciativa de acabar com a concentração de drogados e alcoólatras na Praça de Santa Cruz. Pertences como colchões, cobertores, vasilhames e baldes foram colocados em um veículo e levados para descarte.

Segundo consta alguns comerciantes ao reclamarem com os andarilhos teriam sido ameaçados com faca; além disso, existe a alegação de que também já teriam sido abordados pelos drogados para que pagassem uma taxa, tendo em troca, a garantia de segurança. No entanto, as vítimas que atuam no comércio optaram em se manter no silêncio temendo represálias, como incêndio nos quiosques.

Já na semana passada a discórdia causada pela vadiagem teria chegado ao extremo: viaturas policiais permaneceram no local para impedir que consequências mais drásticas acontecessem no lugar. Das outras vezes em que as brigas aconteceram somente entre os moradores de rua, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal, deixaram de comparecer.

Contudo, a pichação das paredes do Assaí Atacadista e o roubo das oferendas da Igreja de Santa Cruz no final da semana passada reforçaram a preocupação das autoridades pela segurança no local: os moradores de rua decidiram se dispersar, atuando em outros pontos, como a Avenida Bento de Abreu e final da Avenida Padre Francisco Salles Colturato.

Há quem diga que os problemas causados pelo grupo de drogados e alcoólatras na semana passada teria sido a gota d’água, o que levou os comerciantes a levarem também um manifesto com dezenas de assinaturas ao Ministério Público: “Tivemos que tomar uma iniciativa, sempre respeitando as leis”, disse um deles.

Na praça já ocorreram inúmeras brigas e até mesmo homicídio o que mostra a violência no local impossibilitando a atuação do comércio legalizado: “As pessoas têm medo de circular por aqui temendo o pior, pois não há segurança”, assegura um empreendedor.