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Sindicato Rural e Senar abrem as portas para nova cultura no campo, a do Morango

Produtores Rurais do Assentamento Bela Vista já estão aprendendo como preparar a terra, plantar, colher e comercializar o morango, fruta muito disputada no mercado. Um dos grandes desafios é vencer as condições climáticas da região.

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Até o final do ano o cenário deverá ser assim, quando então acontecerá a colheita

O engenheiro agrônomo Paulo Croisfelts iniciou no Assentamento Bela Vista, no dia primeiro de março, o Programa Cultura do Morango, destinado a capacitar os trabalhadores e produtores rurais ao plantio e colheita de uma das frutas mais procuradas para consumo na atualidade. O curso, após a sensibilização, vai se desdobrar em módulos até o final do ano.

Durante a sensibilização – fase em que se define o número de participantes e também as regras de realização – o instrutor do Senar destacou a presença de 15 produtores em um dos sítios do Bela Vista, o mais antigo dos assentamentos na região de Araraquara. Confirmada a instalação do programa, já neste dia 05 de abril tem início o curso propriamente dito, mantido através da parceria entre Senar e o Sindicato Rural de Araraquara com o apoio da Prefeitura Municipal.

O morango é uma fruta de mercado em expansão, com bastante demanda junto ao consumidor em virtude de características visuais, sabor, coloração, aroma e bom valor nutricional. Sua cultura vem se desenvolvendo lucrativamente no Brasil, com destaque para os estados da Região Sudeste (SP, RJ, ES e MG), Sul (SC, RS e PR) Centro-Oeste (GO e DF).

Croisfelts destacou contudo que – há crescimento da produção em outros estados e também na região nordestina, com destaque para o estado da Bahia. A produção de morangos no mundo está estimada em 3,6 milhões de toneladas, sendo que os principais países produtores são Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.

A sensibilização ocorrida no dia primeiro de março no Assentamento Bela Vista

Acompanhando a realização do programa o coordenador regional do Senar, engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas que a cultura do morango tem uma grande e importante característica que é a necessidade de uso de mão de obra, principalmente na época da colheita, com média de empregabilidade de quatro pessoas por hectare.

Uma cartilha elaborada pelo Senar SP é entregue de forma gratuita aos participantes do curso e em um dos seus parágrafos explica que – torna-se uma boa opção para agricultores familiares com o aproveitamento de pequenas áreas para a produção. “Contudo, antes de iniciar o empreendimento, é necessário verificar a demanda do mercado consumidor e a logística de transporte, pois o morango é uma fruta muito perecível. O que se espera é que, o agricultor tenha uma visão ampla sobre o manejo fitossanitário e que possa colocá-lo em prática para a aumentar sua produtividade”, comentou o coordenador.

Para o instrutor Paulo Croisfelts inicialmente tem que se mostrar a representação e a importância do Morango no mercado mundial e no Brasil. “Falamos sobre os tratos culturais, manejo, pragas, doenças e a possibilidade de ser um ótimo nicho de mercado, já que na região não há representatividade no cultivo de Morango, podendo ser uma abertura para que essa cultura seja aplicada, se tornando uma fonte de renda familiar”, comentou.

O Morango é cultivado nas regiões de clima mais ameno, mas torna-se um ótimo investimento como negócio sua produção de Morango Orgânico, por ter possibilidades de bons preços e mercado consumidor local.

A partir deste mês o Informativo do Sindicato Rural vai acompanhar todos os passos deste novo curso, como forma de incentivo e reconhecimento a iniciativa do produtor buscar o aprendizado: “O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) é a escola que dissemina os avanços da ciência e as novas tecnologias, capacitando homens e mulheres em cursos de Formação Profissional Rural e Promoção Social, por todo o país. Nesses cursos, são distribuídas cartilhas, material didático de extrema relevância por auxiliar na construção do conhecimento e constituir fonte futura de consulta e referência”, conclui o coordenador regional do Senar, João Henrique.

ESTAMOS CRIANDO A CULTURA DO MORANGO