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Sismar insiste em conversar com prefeito para esclarecer interpretações e pegadinhas

Quase um mês após provocar seguidas manifestações em frente ao Paço Municipal em busca de melhores salários, os servidores públicos municipais voltaram a carga nesta quarta após uma análise sobre a nova proposta da Prefeitura.

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Prefeitura decide "peitar" servidores e não arreda pé da sua proposta

Em nota publicada em sua página nas redes sociais nesta quarta-feira (4), o Sismar deixou claro, novamente, sua insatisfação com o Poder Executivo e apela para que o prefeito, sente e converse, esclareça os pontos que dão inúmeras interpretações e pegadinhas e que repito, já foram rejeitadas, não tem muito avanço. Os servidores que a nova proposta da prefeitura pouco muda em relação as reivindicações da categoria.

“Pessoal, atualizando sobre o caso da data base de Araraquara, por hora não efetivamos uma nova assembleia de afogadilho, com o calor da emoção e deliberarmos algo ruim, até mesmo pelo simples fato de já termos rejeitado essa proposta que veio no papel agora e enviado anteriormente uma nova alternativa deliberada em assembleia passada”, comenta o texto de abertura.

Diretores do Sismar alegam que foi obtida uma agenda na Câmara para tentar apoio nesse novo capítulo: “Uma vez que tudo é política, iremos junto com a comissão de servidores e vamos dando passos conscientes”, asseguram os representantes dos servidores.

A reclamação da entidade está na “atitude do prefeito mandar seus subordinados colocarem qualquer coisa no papel, sem nexo algum com o que foi enviado como proposta, é mostrar que um só dos lados está tentando conversar. Mas de qualquer forma, por questão de respeito, queremos uma reunião presencial com a administração, pois era isso que ofereciam no começo de tudo, lembram?”

Para o Sismar tirar as pessoas cansadas de suas casas numa noite chuvosa, para deliberar algo igual ao que já foi deliberado, é no mínimo cruel. Por isso, estamos bolando estratégias para, tendo mudanças, podermos chamar a categoria e aí sim, deliberarmos, diz a nota.

O que se sabe neste momento é que o reajuste do piso salarial do funcionalismo, passaria de R$ 1.089,00 para R$ 1.302,64; reajuste de 33,24% no piso salarial do magistério da rede pública de educação básica, que passaria a R$ 3.845,66, retroativo a janeiro; reajuste de 5% no dissídio coletivo em agosto de 2022 e aumento de 37% no valor recebido no cartão-alimentação em junho, sendo R$ 440,00 de vale a bônus assiduidade de R$ 300,00. Sobre esse último ponto, a perda do bônus-alimentação somente se daria com a apresentação do 3º atestado no mês.

Logo após o posicionamento do Sismar algumas manifestações ocorreram nas redes sociais. Uma delas dizia: “Se ele (prefeito) não aceitou o acordo proposto pela categoria, temos que, igual a ele, voltar para as reivindicações iniciais”.

Uma outra foi mais incisiva: “Não houve proposta, houve reprotocolo. Não houve diálogo, mas tentativas de impor algo que foi idealizado por ele. A categoria saiu fora do seu ideal qdo decidiu contrapropor os 10%. Não existe o mínimo de consideração pelo servidor.”