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Guedes defende permanência do Brasil no Mercosul com recuo das tarifas de importação

Segundo o ministro, a proposta de redução da TEC entre os membros já conta com o apoio do Paraguai e do Uruguai, mas não da Argentina

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Paulo Guedes, falando do Mercosul

O Brasil vai permanecer no Mercosul e quer reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul gradualmente, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, a proposta brasileira conta com o apoio do Paraguai e do Uruguai, mas não da Argentina, e se não houver acordo em relação ao assunto o recomendável é que “o incomodado que se retire”.

“A nossa posição é de avançar. Nós não vamos sair do Mercosul, mas não aceitaremos o Mercosul como ferramenta de ideologia. O Mercosul tem proposta muito clara. É plataforma de integração à economia global. Se não entregar este serviço, vamos modernizar e os incomodados que se retirem”, afirmou Guedes durante um evento promovido pelo ICC Brasil.

A TEC é a tarifa de importação que os países do Mercosul cobram dos produtos vendidos ao bloco. Ela é de 13,4%, em média. O Brasil propôs no início do ano baixar a tarifa em 10% em 2021 e em mais 10% em 2022, mas a Argentina recusou. “Os argentinos dizem o seguinte: ‘é exigido unanimidade para fazer mudança no Mercosul’, e eles transformam isso em vetos. Na verdade tem três querendo fazer – Paraguai, Brasil e Uruguai”, afirmou.

“A Argentina está em momento muito delicado. Não exigimos da Argentina. Entendemos que você não possa vir agora, então nós te damos waiver para vir em um ano, dois anos, três anos. Venha quando quiser, mas não nos impeça de avançar. Nós vamos ficar firmes nesta posição, e Argentina parece estar muito firme em posição antagônica à nossa.”