Bruno, Mauro, Thiago e Sergio Solssia
Faleceu em São Paulo na madrugada desta sexta-feira (13), o empresário Mauro Sólssia, um dos profissionais mais respeitados da cidade na área de seguros e pessoa de enorme convivência com a nossa comunidade. Com o irmão Sérgio, ele criou a Solssia Corretora de Seguros.
“Maurão” como era chamado entre os amigos não foi apenas um empreendedor predestinado ao sucesso, face a responsabilidade com que sempre atuou ao lado da sua equipe no mundo dos negócios. A simplicidade era a marca que sempre preservou com seu espírito alegre e festivo, participando dos movimentos sociais e demonstrando profundo amor pela sua terra natal.
Sempre rodeado por amizades que fazia questão de preservar, viveu com intensidade o lado esportivo da cidade jogando em clubes amadores; quando não estava presente às competições esportivas nos clubes Náutico e Araraquarense. À família, Mauro Solssia devotou amor, carinho e respeito; assim tornou-se um cidadão que Araraquara tem na conta de um dos filhos mais respeitados.
Mauro e sua passagem pelo Juvenil da Ferroviária
Até que tentou a sorte como jogador de futebol profissional; sua passagem pelo time amador da Ferroviária, foi rápida. Não que ele não quisesse continuar jogando. Muito pelo contrário. Se fosse aos moldes que vemos hoje, com certeza seria diferente para ele e outros milhares de jogadores de futebol.
“Na época, eu já comecei a trabalhar na área de seguro com outra pessoa. No futebol não se pagava, principalmente o que se paga o hoje. Precisava me sustentar. Então, no fim de 1976, com 22 anos, decidi pendurar as chuteiras”, contou Mauro Solssia a nossa revista um certo dia.
Ele deixou o time da Ferroviária para ser corretor de seguros
Mesmo encerrando a carreira precocemente, o preparador físico da época do time principal, Bebeto de Freitas, elogiou bastante o ex-zagueiro para o novo treinador, muito conhecido pelos brasileiros da época.
“Quando o Vail Mota saiu e o Aymoré Moreira entrou no comando da Ferroviária, o Bebeto, que gostava do meu estilo de jogo, falava pra eu voltar e pediu para eu treinar no time principal. Fiquei por quinze dias e posso dizer que, durante este tempo, o Aymoré foi o melhor treinador com quem eu já trabalhei. A visão dele pelo futebol era muito diferenciada. Mesmo assim, não deu para seguir no futebol por causa do trabalho e dos estudos”, relembrava sempre.
Pelo time amador da Ferroviária, Solssia conquistou os títulos de 1973 e 1975. O ex-jogador falava com os amigos sobre o tempo em que o futebol amador tinha um grande prestígio na cidade. “Por ser Ferroviária, os outros times da cidade sempre entravam com uma vontade a mais. O pessoal não gostava do nosso time até por ter uma equipe profissional. De rivalidade mesmo posso considerar contra o Benfica, já que era do Carmo e a ADA era de lá também”.
Mauro, defedendo o time do IEBA, onde estudou
Era esse o jeito do vigoroso zagueiro no futebol amador e nos clubes e do qual os atacantes tentavam dar um jeito de fugir da marcação.
Casado com Tânia, Mauro também deixou os filhos Bruno e Ana Laura. O corpo do empresário foi trazido de São Paulo onde permaneceu internado por cerca de 40 dias; seu sepultamento deu-se neste sábado (14), saindo do Velório Municipal para o Cemitério São Bento. À família enlutada os nossos sentimentos.
