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Afinal, o que é ser uma “mãe suficientemente boa”?

Psicóloga do Hapvida NotreDame Intermédica explica o conceito e os desafios do maternar

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Entender as expectativas é fundamental para não criar ideias inalcançáveis na maternidade (Crédito: Banco de Imagens/Freepik)

“Quando nasce uma mãe, nasce uma culpa”. Essa frase se tornou muito popular nos últimos anos e vem acompanhando inúmeras mulheres em seu maternar. Isso porque, na sociedade moderna, há uma idealização da mulher/mãe multitarefas, em que se ‘exige’ dar conta de tudo. 

Porém, entre o feminino idealizado e o real há uma grande lacuna. E segundo a psicóloga do Hapvida NotreDame Intermédica, Elaine Souza, entender as expectativas é fundamental para não criar ideias inalcançáveis na maternidade. 

“Sabemos que a maternidade costuma gerar muitas expectativas para as mulheres. E é necessário entender quais são essas expectativas, quais são as necessidades emocionais que estão envolvidas dentro desse processo. Isso porque, inclusive, o entendimento dessas necessidades emocionais favorece um vínculo mais sólido entre essa mãe e essa criança”, explica.

 “SUFICIENTE”

A psicóloga sinaliza que as mulheres tendem a criar uma idealização e buscar uma perfeição dentro da maternidade. E neste contexto surgiu o termo “mãe suficientemente boa”. 

“Em 1949, diante de uma palestra para mães, o psicanalista, psiquiatra e pediatra Donald Woods Winnicott surge com o conceito: “mãe suficientemente boa”. E ele quer nos dizer que a mãe precisa entrar em contato com esse filho, oferecer os cuidados necessários a essa criança, mas não pode perder o contato consigo, não pode perder a sua individualidade”, explica Elaine. 

Assim, a “mãe suficientemente boa” precisa entender que ela vai falhar no percurso também. “E que, reconhecendo essa falha, entendendo que isso é natural durante o processo da maternidade, que ela pode corrigir os erros e que está tudo bem”, conclui.