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Trabalhadores rurais aprendem a trabalhar com aplicação de agrotóxicos

Instrutora Fabiana Martins foi responsável pela instrução de trabalhadores rurais na Usina São Martinho em Américo Brasiliense

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Fabiana Azevedo de Souza Martins em curso do Senar para capacitar trabalhadores sobre o uso correto dos agrotóxicos

O curso “Agrotóxicos – Uso Correto e Seguro – NR 31.8”, que traz a Norma Regulamentadora 31, do Ministério do Trabalho, é o mais procurado e oferecido pela área de Formação Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de São Paulo (SENAR-SP).

Em 2020, este programa foi ministrado a 378 turmas, totalizando quatro mil pessoas. Também havia sido o mais procurado em 2019, com 732 turmas, somando 9.200 alunos.

“A pandemia da Covid-19, infelizmente, prejudicou a realização dos nossos cursos, por isso estamos com números totalmente atípicos”, explica Tirso Meirelles, vice-presidente do Sistema FAESP/SENAR-SP. “Mas, mesmo assim, procuramos dar todo o apoio e condições para que os produtores rurais continuem se capacitando, uma vez que eles mostraram, novamente, toda sua importância durante a crise”.

Em setembro o curso foi dado aos trabalhadores rurais da Usina São Martinho, antiga Santa Cruz, em Américo Brasiliense. Ministrado pela engenheira agrônoma Fabiana Azevedo de Souza Martins, por pelo menos três dias os alunos receberam orientações sobre o uso correto dos agrotóxicos, identificados pela NR 31.8.

O curso apresentou abordagens teóricas e práticas, que envolvem desde a aquisição dos produtos, transporte e armazenamento; passando pela parte da aplicação, com a identificação da classificação toxicológica, interpretação da bula, preparo e equipamentos de proteção individual; até a destinação correta das embalagens utilizadas.

Aluno pronto para a aula técnica

É importante destacar, diz Fabiana Martins, que a realização do curso mostra o interesse do produtor rural e de todos que atuam no setor no correto uso dos defensivos agrícolas, de modo que não haja danos à saúde do aplicador, e da população e ao meio ambiente. Posso dizer é que o envolvimento dos alunos foi muito produtivo, havendo um grande comprometimento deles e da própria empresa”, ressalta Fabiana.

Ela assegura ainda que a Usina São Martinho demonstrando grande preocupação com a capacitação dos seus trabalhadores faz uma análise paralela sobre o desempenho de cada profissional. Ao mesmo tempo os participantes recebem certificados, que são válidos durante as fiscalizações do Ministério Público do Trabalho e Ministério da Economia.

Sobre o trabalho realizado pelo Senar SP o seu coordenador regional engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas explica que considerando todas as grades que envolvem o correto uso dos defensivos agrícolas, cerca de 11.400 pessoas foram capacitadas, em mais de 21.300 horas de aula/formação, em sete cursos diferentes, apenas em 2019. Em 2020, foram cinco mil pessoas, com 10 mil horas de capacitação, em cinco cursos diferentes.