Os números disponibilizados neste final de semana pelo Comitê de Contingência criado pela Prefeitura de Araraquara permitem ver que dos 2.901 casos de coronavírus registrados desde 16 de março, quando começou a ser feito o controle estatístico da pandemia no município. Neles as há a indicação de que as mulheres foram as mais atingidas pela Covid-19: 55% contra 45% dos homens.
Os gráficos foram desenvolvidos a partir dos dados divulgados diariamente no site da Prefeitura de Araraquara, nos Boletins Diários do Comitê de Contingência do Coronavírus (http://www.araraquara.sp.gov.br/boletim/corona-virus), além de dados divulgados pelo Governo do Estado de São Paulo.
Neste levantamento efetuado pelo RCIA observa-se que 353 mulheres foram infectadas na faixa de 20/29 anos e outras 324 com idade entre 40/49 anos. Mas o que predomina são os casos existentes nas mulheres com idade entre 30/39 anos, pois 397 acabaram engrossando o saldo da pandemia.
Os gráficos com fonte “Prefeitura de Araraquara” são desenvolvidos diretamente pela Vigilância Epidemiológica e apenas adaptados para apresentação na página. Assim, quem faz a leitura de toda a movimentação da pandemia no município pode ver que os brancos foram até aqui os mais atingidos chegando ao índice de 68,10%; os negros/pardos alcançam a marca de 31%. O quadro se completa com – amarelos (0,30%) e os não declarados (0,60%).
Com 26 óbitos anunciados neste domingo o relatório disponibilizado pelo município indica que 7 mulheres na faixa de 60/69 anos acabaram morrendo vitimadas pela doença. Já os homens num total de 17 tem nesta mesma faixa etária das mulheres 7 mortes; outros 6 óbitos envolvem pessoas (homens) com 70 anos ou mais. Dos óbitos, 73% são de brancos e 27%, negros, diz o documento.
O mapa, já com dados deste domingo (23) mostra que desde o dia 16 de março quando foram analisadas as primeiras amostras em laboratórios conveniados (20/amostras) houve o apontamento de 7 casos positivos e que após 160 dias dias ou seja mais de 5 meses de propagação da doença, é evidente que o cenário é outro neste domingo. A secretária municipal da Saúde, Eliana Honain divulgou 2.961 casos confirmados da doença, dos quais – 2.600 conseguiam se recuperar e 275 pessoas estão em quarentena. Para se atingir o total de atingidos pela doença basta somar os óbitos (26) para se ter 2.901 casos oficiais. Destes, 1.591 são mulheres e 1;310 são homens.
Embora não exista a comprovação de que o transporte coletivo poderia ser a maior fonte de contaminação, observa-se – Vila Xavier (130 casos) e Selmi Dei I (101 casos), setores da cidade que mais se utilizam deste meio de locomoção para chegar, principalmente ao trabalho, são os mais atingidos pela pandemia. Da mesma forma, Jardim Iguatemi (82) e Vale do Sol (75) se mostram envolvidos pela estatística.
Neste aspecto um outro dado contribui com a crescente demanda de casos nas últimas semanas: o isolamento social que em determinados dias da semana chega a ser de apenas 33%, o que mostra a permanência de 67% em circulação pela cidade. Neste domingo o SIMI – Sistema de Monitoramento Inteligente criado pelo Governo de São Paulo, anunciou um índice de 41%, longe dos 70% exigidos no início da pandemia. A faixa apontada hoje pelo SIMI coloca Araraquara em 74° lugar das 104 cidades monitoradas e população acima dos 50 mil habitantes.
A preocupação da secretária Eliana Honain é com relação ao dia 28 de agosto pois segundo os especialistas em monitoramento seria a data exata do pico de contaminação talvez provocada pela queda brusca da temperatura neste final de semana: o frio atinge principalmente pessoas com idade variável entre 50 a 70 anos. O alerta de Eliana Honain no meio desta semana foi em tom mais preocupante, com ela pedindo cuidados especiais das pessoas que circulam no município.
Essa movimentação está expressa nos gráficos que incluem casos de pessoas que trabalham em Araraquara, mas residem na região. Por região de Araraquara, até o momento, inclui-se Américo Brasiliense, Matão, Santa Lúcia, Ribeirão Bonito, Rincão e Motuca.
