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Acusado por morte nos Oitis, policial militar foi absolvido por 7 a 0 em júri popular nesta terça

Policiais de Araraquara foram acionados para atender uma ocorrência bem comum na noite de 05 de agosto: briga entre marido e mulher, ocorrência nos Oitis. Um deles foi recebido com soco no rosto e com ele caído o agressor tentou tirar a arma, sendo alvejado com um tiro no abdomen.

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Fórum de Araraquara, onde houve a reunião do prefeito com Zuliani, segundo o vereador do Podemos

Em um júri popular formado por 5 mulheres e 2 homens, um policial de Araraquara foi absolvido nesta terça-feira (16) por 7 a 0; o julgamento que começou por volta das 10h30, perdurando até 16h, ocorreu no Fórum “Juiz Macedo Couto”, sendo julgado por homicídio, incurso portando no artigo 121 do Código Penal Brasileiro.

De acordo com o processo formado por mais de 400 páginas, na época – 4 anos atrás – o caso foi registrado como violência doméstica, homicídio, lesão corporal, ameaça e vias de fato. O policial ao atender uma ação de violência doméstica foi atacado por William Rodrigo Ferreira que hoje estaria com 35 anos de idade.

A ocorrência foi registrada no Condomínio Residencial dos Oitis que está localizado na Avenida Pedro José Laroca, onde Willian embriagado discutia com a esposa. Acionada por vizinhos a Polícia Militar foi para dar atendimento ao caso e lá chegando houve a tentativa de um dos policiais impedir que a mulher continuasse sendo agredida.

Willian ficou irritado com a presença da polícia e tentou desarmar um deles naquela noite de 05 de janeiro de 2018; não conseguindo desferiu um murro no rosto do militar que foi ao chão, ocorrendo nova investida, com o PM sacando a arma e disparando por duas vezes. Um dos projéteis atingiu o abdômen do agressor que veio a falecer pouco depois.

O irmão se Willian apareceu em seguida e com populares passaram a hostilizar os policiais que então utilizaram bombas de gás para dispersar o grupo; houve ainda a solicitação de reforço para evitar aglomeração e agressão aos militares.

Por conta da morte do tratorista o militar se transformou em réu, levando-o a interpor um recurso anteriormente ao júri, no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), dizendo para tanto que agira em legítima defesa, havendo contestação por parte dos desembargadores que alegaram que a vítima estava embriagada e desarmada, tendo dificultada sua defesa.

Diante deste cenário o PM foi levado a julgamento nesta terça-feira e de acordo com a decisão – as declarações das testemunhas que acusavam o PM – foram contraditórias, argumentos não convincentes para declará-lo culpado, acontecendo então sua absolvição por 7 a 0.