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Empresa incubada produz insumo médico, farmacêutico e cosméticos

Empresa trabalha na produção de ácido hialurônico no Brasil, por rota verde e inovadora

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O produto verde fomentará uma cadeia de emprego, desde a coleta dos resíduos sólidos de alimentos, produção e distribuição, diz Morgana

Entre os 258 projetos aprovados pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em 2018, um deles, sobre a produção de ácido hialurônico no Brasil, por rota verde e inovadora, é desenvolvido na Incubadora de Empresas de Araraquara, pela empesa BioSmart, que reúne 26 profissionais, entre químicos, farmacêuticos e odontólogos, em seu ecossistema.

Atualmente, o ácido hialurônico é importado pela indústria brasileira e sua extração é feita principalmente por fermentação bacteriana. Como diferencial, a BioSmart utiliza resíduos de alimentos descartados pelas indústrias alimentícias para a produção desse biopolímero.

“Nosso objetivo é fornecer o ácido hialurônico para o ramo médico, farmacêutico, odontológico, veterinário e de cosméticos. Com a vantagem da facilidade e agilidade de distribuição, em quantidade personalizada, de acordo com  necessidade de cada cliente. Além disso, nossa rota verde e inovadora de extração ajuda a reduzir a poluição ambiental, e promove a inclusão social”, destaca a coordenadora do projeto, Morgana Regina Mendonça de Oliveira.

O produto verde fomentará uma cadeia de emprego, desde a coleta dos resíduos sólidos de alimentos, produção e distribuição. Além disso, o custo do quilograma do produto produzido pela  BioSmart será em torno de um terço do valor do importado, garantido maior competitividade para a indústria nacional.

A Biosmart superou a Fase 1 do projeto, de análise da viabilidade técnico-científica, comprovando que sua rota inovadora de extração apresenta vantagens em relação a outras formas de produção.

Tanto Morgana, como a doutora Helida Barud, sócia-proprietária da empresa, realizaram o treinamento PIPE Empreendedor, que as qualificaram para a Fase 2. Agora, o foco é aprimorar o modelo de negócio do produto.

APORTE DE R$ 1,07 milhão

O investimento do PIPE-Fapesp para a BioSmart nessas duas fases foi de R$ 1,07 milhão. O aporte está sendo utilizado para a compra de equipamentos, insumos, treinamento, testes de eficácia e qualificação da equipe de pesquisa.

Já a fase 3, prevista para ter início em agosto de 2021, que é o desenvolvimento comercial e industrial de produtos, deverá ter recursos da iniciativa privada ou ainda a submissão de projetos do programa Pappe-PIPE.

Morgana acrescenta que o ácido hialurônico é usado em diversos produtos rejuvenescedores, hidrantes, para diminuir inflamação gengival, melhorar a lubrificação dos olhos, tratar artrite e outros problemas articulares, tanto em humanos como em animais.

Paralelamente ao desenvolvimento dos projetos de inovação, a BioSmart também oferece consultorias para empresas parceiras, utilizando-se do conhecimento científico de seu grupo de colaboradores das áreas de química, farmácia, biológica e odontologia.

INOVAÇÃO

Para o gerente da Incubadora, Lucas Campanha, a aprovação da BioSmart no PIPE/ Fapesp na Fase 2 vem ao encontro dos objetivos dos gestores do órgão, que é apoiar as empresas tradicionais e as de inovação.

“Uma conquista para a sociedade, para a Unesp e também para a Prefeitura, pelo apoio à pesquisa e inovação. Também é uma importante contribuição ao País”, destacou Lucas.

O vice-prefeito e secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Damiano Neto, reforçou a vocação da Incubadora na área tecnológica. “Nós apoiamos as empresas tradicionais e as tecnológicas. Parabéns à BioSmart pelo projeto inovador, de abrangência nacional”, elogiou Damiano Neto.