A Ferroviária de Araraquara lamentou nesta quinta-feira (23) a morte do seu ex-treinador Rubens Minelli, que comandou o time grená durante a disputa do Paulistão de 1994. Ao todo, foram 11 jogos, somando três vitórias, três empates e cinco derrotas. Ele na verdade dirigiu a equipe em um dos momentos críticos da história do clube. Por algum tempo residiu no Hotel Uirapuru, na Avenida Portugal.
A estréia de Minelli se deu na noite de 4 de março de 1994, uma sexta-feira, contra o Santos na Vila Belmiro. O treinador substituiu Vail Mota, demitido um dia antes por conta de um empate da Ferroviária contra a Ponte Preta, em Araraquara. A saída de Vail foi decidida em uma reunião entre os diretores do clube feita logo depois do jogo com a Macaca Campineira.
Minelli, que estava sem clube, se apresentou ao elenco em Santos, momentos antes de sua equipe entrar em campo. O Santos empatou em 1 a 1 com a Ferroviária e assim Minelli em 11 jogos conseguiu apenas 3 vitórias e 3 empates.
Naquela noite em Santos o técnico dirigiu: Rafael; Marquinhos Capixaba, Vilmar, Ronaldo e Bezerra; João Batista, Beto e Estrela; Luciano, Daniel e Edelvan. No final do campeonato o treinador foi liberado pela Ferroviária.
MINELLI E SUA HISTÓRIA NO FUTEBOL BRASILEIRO
Na verdade, o futebol brasileiro perdeu nesta quinta-feira (23) um de seus maiores treinadores: Rubens Minelli, que morreu aos 94 anos, em São Paulo, em virtude de uma infecção. Nesse sentido, a Confederação Brasileira de Futebol se solidarizou com a família e os amigos e exaltou a brilhante carreira do profissional. O ex-técnico foi tetracampeão nacional e também ergueu a taça da Copa do Brasil e acumulou diversas passagens por alguns dos grandes brasileiros.
Antes de ser treinador, Minelli teve uma carreira tímida como jogador. No entanto, foi à beira do campo, que Rubens despontou de vez e mostrou todo seu talento, ao iniciar no América-SP em 1963. Depois de passagens por Botafogo-SP, Sport e Guarani, chegou ao Palmeiras em 1969 e conquistou a Taça de Prata/Torneio Roberto Gomes Pedrosa daquele ano, décadas depois, o título foi reconhecido pela CBF como Campeonato Brasileiro.
TRI BRASILEIRO CONSECUTIVO
No comando técnico do Internacional, o profissional se sagrou bicampeão do Campeonato Brasileiro em 1975 e 1976, com a equipe de Manga, Figueroa, Paulo César Carpegiani, Falcão e Valdomiro. Em 1977, chegou ao São Paulo e, novamente, ergueu a taça da competição mais importante do Brasil. Sendo assim, foi o primeiro comandante a ser tricampeão nacional de forma consecutiva.
Em 1979, optou por se aventurar no Al-Hilal, da Arábia Saudita, onde ficou até 1980 e ganhou um Campeonato Saudita. Três anos depois, retornou ao futebol brasileiro com passagens por Palmeiras, Atlético Mineiro, Corinthians e Grêmio, clube pelo qual conquistou a primeira edição da Copa do Brasil em 1989. Por fim, também comandou Paraná, Santos, XV de Piracicaba, Ferroviária, Coritiba e, por fim, a Ponte Preta, onde se aposentou.
