O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar SP) e o Sindicato Rural de Araraquara organizaram na Fazenda Jangada, em Boa Esperança do Sul, nos dias 19, 20 e 21 de junho o curso do Plantio Direto da Soja, visando capacitar os produtores e trabalhadores rurais. A Jangada é uma das propriedades rurais mais conhecidas na região de Araraquara.
Segundo o engenheiro agrônomo José Gilmar Franco, o curso foi dividido em duas etapas, seguindo inicialmente com o plantio direto, que é um sistema de semeadura no qual a semente é colocada diretamente no solo não revolvido, usando-se máquinas especiais. “Somente é aberto um pequeno sulco, de profundidade e largura suficiente para garantir uma boa cobertura e contato da semente com o solo”, diz o instrutor do Senar, formado em agronomia em 1984.
Ele explicou pacientemente aos alunos que – o extermínio de ervas daninhas, antes e depois do plantio, é feito com herbicidas, além de que, o sistema de plantio direto consiste numa seqüência de três operações fundamentais: colher e esparramar os restos de cultura, pulverizar herbicidas e plantar com equipamento especial.
Mais adiante, dentro do que ele considera uma aula teórica, o agrônomo ressaltou que as limitações residem no manejo de herbicidas e das ervas daninhas, além da exigência de assistência técnica especializada. O plantio direto é o sistema ideal para o controle da erosão em função da manutenção dos restos vegetais na superfície e da mínima movimentação do solo”, completou.
Já o coordenador regional do Senar, João Henrique de Souza Freitas, acompanhando o desdobramento do curso entende que as técnicas são importantes para além do controle de pragas e doenças, mas também para rentabilidade da produção. “Utilizando de forma adequada e no momento certo as técnicas de manejo, o produtor rural pode produzir mais e diminuir o impacto ambiental”.
Franco considera que o comprometimento dos alunos, alguns deles inclusive de propriedades próximas permitiu uma acentuada interação e vontade em aprender, pois as novas técnicas surgem em função do aprimoramento do plantio, sempre com o objetivo de se produzir mais e de forma menos onerosa.
Ele lembra que Mato Grosso é o maior produtor de soja na atualidade, daí a preocupação com o manejo do cultivo que exige estudos permanentes sobre inovações. “Essa prática chega do Estado de São Paulo e aqui na Jangada fizemos inicialmente uma análise sobre as condições do solo, buscando as melhores alternativas de plantio e a possibilidade de uma colheita satisfatória”, arrematou.
Natural de Palmital, Franco tem uma passagem por Araraquara, pois formado em 1984 foi indicado pelo Fundecitrus onde trabalhava para também atuar no Sindicato Rural onde permaneceu por 6 anos, inclusive acompanhando o trabalho realizado pelo engenheiro agrônomo Fernando Tannuri, de quem se lembra com muito carinho.
