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Ferroviária inicia caminhada na Libertadores diante do Mundo Futuro

Guerreiras Grenás encaram bolivianas em seu primeiro desafio na luta para conquistar mais uma vez a América

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Crédito: Jonatan Dutra / Ferroviária S/A

Atual bicampeã do Brasileiro, a Ferroviária faz a sua estreia na Copa Libertadores Feminina nesta sexta-feira, às 21h30 (horário de Brasília) contra o Mundo Futuro-BOL, no estádio Casablanca, em Quito, no Equador.

Depois da chegada em meio ao caos que o país vive, as Guerreiras Grenás já iniciaram a preparação nesta quarta-feira, na questão de adaptação a altitude e na parte alimentar também.

Na manhã desta quinta-feira, a equipe passou por trabalho na academia no hotel e, à tarde, treinaram no CT do Deportivo El Nacional e foram também presentadas pelo clube equatoriano com camisas para jogadoras e comissão técnica.

“O título [do Brasileiro] nos dá uma motivação muito grande, dá mais confiança para o trabalho ser continuado neste momento. A expectativa é a melhor possível para que possamos realizar mais uma grande competição”, disse a treinadora Tatiele Silveira.

Guerreiras Grenás fizeram treino com bola nesta quita-feira – Crédito: Tiago Pavini / Ferroviária S/A

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Nas últimas semanas a precaução tem sido o lema, descansando mais as atletas depois de uma maratona intensa na temporada com jogos do Brasileirão e Paulista.

“Nós tivemos um período bom de recuperação, dando alguns dias de folga para elas, exatamente pensando neste momento, porque a Libertadores ela tem uma característica muito intensa de 16 dias, claro que pensando nisso até a chegada na disputa pelo título. É um jogo a cada três dias. A gente já vinha nesta maratona no finzinho do Brasileiro, tivemos essa experiência e agora conseguimos planejar tão bem quanto a gente planejou para as finais do Brasileiro, quando fomos felizes em nossas escolhas”, declarou a comandante grená.

Um dos fatores mais temidos pelos clubes são os 2.850m de altitude na cidade de Quito. Apesar de experiente e de ter uma Libertadores no currículo, a atacante Adriane Nenê terá esse obstáculo pela frente.

“É uma experiência nova. Nunca joguei na altitude. A última que disputei foi na Colômbia, mas era bem pouco e não senti muita diferença. Mas acho que vai ser uma coisa nova pra mim e pra todo mundo. Não é uma coisa que dá para a gente se preparar. Recebemos muitas orientações dos fisiologistas do clube e espero que a gente consiga se adaptar o mais rápido possível”, declarou a jogadora.

Estádio Rodrigo Paz Delgado, o popular Casablanca, pode abrigar cerca de 42 mil torcedores – Crédito: Divulgação

Por ser a atual bicampeã brasileira, as Guerreiras Grenás chegam como uma das postulantes ao título do torneio, mas a experiente jogadora minimiza esta condição.

“A Ferroviária já tem uma responsabilidade muito grande pelo peso da camisa que tem. É claro que os olhos se voltam para nós por ser o atual campeão. Mas a gente sabe que o nível da competição é muito elevado, que a cada ano está aumentado. Não só nós como favoritas, mas tem o Corinthians também que fez uma excelente campanha. Creio que este favoritismo está muito bem dividido”, declarou.

As novidades da equipe são a lateral-direita Monalisa, que foi contratada junto ao Iranduba-AM, e a experiente multicampeã lateral-esquerda Rosana, que havia se aposentado no início do ano, mas decidiu voltar para ajudar a Ferrinha no torneio.

Com 37 anos, Rosana pode ser opção para a treinadora Tatiele Silveira – Crédito: Tiago Pavini / Ferroviária S/A

Os desfalques são as atacantes Kamilla, que está com uma lesão grau 2 no músculo da perna direita, e Ludmila, que fraturou o tornozelo direito e retorna apenas no ano que vem.

Para a estreia, a Ferroviária deverá ir a campo com Luciana; Gabi Arcanjo (Monalisa), Andreia Rosa, Luana e Barrinha; Maglia, Rafa Mineira, e Rosana; Aline Milene, Nathane e Nenê.