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Vereadores ameaçam, mas desistem de cassar colegas em Araraquara

Marchese da Rádio e Carlão do Joia (Patriota), Hugo Adorno (Republicanos) e Lineu WL (Podemos) queriam representar contra Filipa Brunelli, Fabi Virgílio e Thainara Faria (PT), Luna Meyer (PDT) e Guilherme Bianco (PCdoB)

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Cinco vereadores formam a comissão; Thainara Faria é a presidente do grupo que poderia investigar atos e gastos ocorridos na pandemia

Após assinarem pedido de cassação dos mandatos de cinco vereadores por suposta quebra de decoro, os parlamentares Marchese da Rádio e Carlão do Joia (Patriota), Hugo Adorno (Republicanos) e Lineu WL (Podemos) declinaram da decisão.

O documento representando contra as vereadoras Filipa Brunelli, Fabi Virgílio e Thainara Faria (PT), Luna Meyer (PDT) e Guilherme Bianco (PCdoB) foi protocolado na Câmara na terça-feira (27).

Os motivos do estranhamento entre os dois grupos de edis foram as falas durante suas participações em sessão ordinária em que houve votação da moção de repúdio ao projeto que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) e que proíbe pessoas e famílias homoafetivas em campanhas publicitárias em todo estado. Segundo o texto, as participações dos cinco legisladores ofenderam “diretamente a dignidade desta Casa de Leis”. A moção foi reprovada pela Câmara por 11 votos, no último dia 20 de abril.

Os quatro vereadores afirmam que entraram com pedido de cassação pois sofreram ataques ao serem acusados de compactuar com a homofobia e agressão à comunidade LGBTQIA+, além serem fascistas e lgbtfóbicos.

Para o presidente da Câmara, Aluísio Braz, o Boi (MDB), a medida é exagerada e a Câmara vai trabalhar para garantir harmonia entre os pares. Nesta quinta-feira (29), os parlamentares declinaram de seguir com o pedido de cassação. Segundo Boi, os vereadores entraram em consenso e a representação não seguiu para o Conselho de Ética.