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Vacinação: bom tema para estudos e aplicação

Por Wagner Tadeu Silva Prado

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Para que todos entendam a equação da imagem mais abaixo, quero me basear na experiência adotada pela Indonésia no controle da pandemia que assola o mundo, conforme link da matéria de janeiro/21 ao final do presente texto.

É certo que ainda não há vacina suficiente para todos os países e sua população, apesar de todo esforço de cientistas e laboratórios. Com isso, as pessoas estão sendo vacinadas conforme sua faixa etária, priorizando-se os idosos que fazem parte de um dos grupos considerado mais vulnerável à doença Covid-19. E ficamos literalmente entre uma encruzilhada e na dúvida de qual caminho melhor devemos seguir.

Governantes se “descabelam” mundo a fora para encontrar o equilíbrio entre salvar vidas e também salvar a economia, para que outros milhões de famílias não sucumbam pelo desemprego e a fome.

Li recentemente reportagem sobre um país, no caso a Indonésia, que adotou uma estratégia totalmente diferente do resto do mundo, vacinando primeiro a população economicamente ativa. E não estou aqui para julgar se estão certos ou errados, mas levar os leitores à reflexão sobre a busca desse melhor caminho a ser alcançado. Trazendo para a realidade brasileira, bem como da maioria dos países, temos a seguinte situação: 1) idosos são sim mais vulneráveis às consequências danosas da doença. Uma grande maioria deles está aposentada e consegue ficar em casa protegidos, não estando, em regra, mais na condição de economicamente ativos; 2) jovens economicamente ativos e não aposentados que trabalham gerando riqueza para seu país estão ficando para o fim da fila da vacinação e, muitos também estão em casa nos locais onde o lockdown foi decretado. Um exemplo é nossa cidade de Araraquara.

Tudo isso é fato e de conhecimento de todos.

Agora vamos a uma solução equilibrada e sensata e um pouco diferente da adotada pela Indonésia que priorizou apenas os jovens economicamente ativos: 1) idosos que não trabalham e são aposentados podem e devem ficar em casa para preservar suas vidas; 2) jovens economicamente ativos e sem comorbidades devem trabalhar para o país não quebrar economicamente; 3) continuemos SIM a destinar vacinação aos idosos, porém 50% das doses disponíveis; 4) os outros 50% servirão para vacinar os trabalhadores dos serviços considerados essenciais, tais como funcionários de segurança, supermercados, padarias, açougues, quitandas, postos de combustíveis, escolas, farmácias e tantos outros. Afinal, eles estão trabalhando e correndo riscos de contaminação diariamente.

Se vacinados e ficando imunes, não correrão mais o risco de também levar a doença para seus familiares, muitos deles idosos. Momento de continuarmos, sem dúvida, a proteger os mais vulneráveis (idosos), mas também proteger os que precisam trabalhar para salvarmos também nossa economia. E a equação poderá ser outra, como exemplo 60% – 40% ou outra qualquer.

Lembremos que a doença está matando pessoas jovens com as novas cepas descobertas. E ainda que os economicamente ativos é que geram riqueza para que o sistema de proteção social se mantenha funcionando. Que nossos governantes sentem e discutam com muita ponderação esta ideia e cheguem num consenso equilibrado para todos.

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=877950933051232&id=100025090005951

*Coronel Wagner Tadeu Silva Prado, policial militar aposentado, formado em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de São Carlos

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR