A Série B do Brasileiro nem começou e o Cruzeiro já terá a perda de seis pontos. O clube foi punido pela FIFA por não ter feito pagamento ao Al Whada, dos Emirados Árabes, de acordo com divulgação da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte.
Em 2016, a Raposa havia feito o empréstimo do volante Denílson junto aos árabes. Porém, o valor da transação, que era de 850 mil euros (hoje, aproximadamente R$ 5 milhões), não foi efetuado.
Após negarem acordo, o Al Whada acionou a FIFA e a acabou punindo os brasileiros com a perda de pontos, sem poder recorrer da decisão.
O Cruzeiro informou que ainda não recebeu nenhuma notificação da entidade sobre a perda de pontos. Caso o clube não entre em acordo, uma nova punição deverá acontecer futuramente.
A passagem de Denílson pela Raposa também não deixou saudades. O volante disputou apenas cinco jogos, sendo dois como titular. Os árabes arcaram com o seu salário.
Hoje, o Cruzeiro tem uma dívida superior a R$ 80 milhões, em contratações, em contratações, de acordo com que foi divulgado pelo GloboEsporte.com.
Confira a nota divulgada pelo clube:
“O Cruzeiro Esporte Clube segue trabalhando firmemente para evitar as consequências do não pagamento ao Al-Whada de mais de 5 milhões da dívida pelo empréstimo do volante Denilson, contratado em 2016. O prazo venceu nesta segunda-feira, 18. E por causa deste processo, que não cabe mais recursos na Fifa, o clube celeste pode sofrer a punição de seis pontos na Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, a direção do Clube ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial, e o Cruzeiro está finalizando a negociação com o clube dos Emirados Árabes.
As tratativas com o Al-Whada vinham se desenvolvendo positivamente nas últimas semanas, embora a troca iminente na direção do clube, com as eleições para presidente na próxima quinta-feira, 21, também tenham colaborado para dificultar as negociações. Outra dificuldade, além da falta de receitas da Raposa, que teve seus recursos ‘varridos’ na antiga administração, é o atual momento, com a pandemia da Covid-19, o coronavírus.
“Estamos negociando com o Al-Whada e vamos seguir até o último minuto, aguardando um desfecho positivo, para que o Cruzeiro não seja penalizado com a perda de pontos. Estamos vivendo um momento de exceção, em que o mundo está sofrendo com as consequências desta crise com o Coronavírus. Todos sabem da falta de recursos do Cruzeiro e o Clube teve suas receitas ainda mais comprometidas pela situação de pandemia”, explicou Sandro Gonzalez, CEO do Conselho Gestor, falando sobre as negociações com o clube árabe.
“Vínhamos tentando um adiamento para o segundo semestre, mas os dirigentes do Al-Whada foram taxativos. Eles disseram que o processo corre há mais de quatro anos na Fifa e ninguém do Cruzeiro, nenhum dirigente neste período todo, procurou o Al-Whada para buscar um acordo. Eles disseram que se sentiram frustrados e descrentes, e que por isso não poderiam facilitar nada para o Cruzeiro neste momento. Nós explicamos a eles que o clube também foi uma vítima de tudo o que aconteceu nos últimos anos, que agora são outras pessoas que estão à frente da instituição, e que temos a total intenção de resolver. Já tínhamos tratativas avançadas desde a semana passada, e vamos fazer de tudo para evitar qualquer tipo de punição ao Cruzeiro”, ressaltou Sandro.
Os dois pré-candidatos à presidência do Cruzeiro foram comunicados sobre a situação deste processo na Fifa.”